Funcionários dos Correios entram em greve na região

Categoria cobra reajuste salarial e de benefícios; sindicato e empresa divergem sobre número de paralisados

Funcionários cruzam os braços em protesto na manhã desta quarta-feira em Lorena (Foto: Lucas Barbosa)
Funcionários cruzam os braços em protesto na manhã desta quarta-feira em Lorena (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Regional

Cobrando melhorias de trabalho e um reajuste salarial de 8 %, funcionários dos Correios entraram em greve, por tempo indeterminado, na manhã da última quarta-feira em todo o país. O sindicato da categoria afirma que 70% dos trabalhadores aderiram ao movimento na região.

De acordo com Sintect – Vale do Paraíba (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares) além da melhoria do salário base, a categoria cobra um aumento de 10% sob os benefícios trabalhistas e que todos os funcionários, independente do cargo que exercem, recebam um reajuste mensal de R$ 300.

Os grevistas também são contra o convênio médico deixar de ser administrado pelo setor de RH (Recursos Humanos) da empresa, tornando-se terceirizado. “Já apresentamos a pauta de reivindicações há mais de cinquenta dias e até agora não nos deram respostas. Ao invés de abrir uma negociação decente, a empresa tenta aplicar a política de terrorismo em cima dos trabalhadores. Além de terceirizar o convênio médico, o Correios quer que paguemos uma taxa, isso é um absurdo”, criticou o carteiro e diretor do Sintect – Vale do Paraíba, Rodrigo de Carvalho, que visitou as unidades de Lorena e Guaratinguetá na manhã da última quarta-feira.

Segundo o sindicato, os Correios contam com 1.4 mil colaboradores na região e que 70% aderiram ao movimento grevista. A expectativa da categoria é que uma reunião com a diretoria dos Correios seja realizada até a próxima semana.

Outro lado – Em nota oficial, o Correios negou que a paralisação na região é de 70%, mas sim de 20%, não afetando o atendimento aos clientes. A empresa explicou ainda que as negociações com os sindicatos que não aderiram à paralisação ainda estão sendo realizadas esta semana.

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