Endividamento cresce e atinge quase 80% das famílias

Pinda e Lorena registram alta da inadimplência; Guaratinguetá tem estabilidade nos últimos 12 meses

Centro comercial de Guará; endividamento e registro de inadimplência no SCPC aumentam entre famílias na região (Foto: Fabiana Cugolo)

Andréa Moroni
RMVale

O número de famílias endividadas atingiu, em setembro, 79,3% do total de lares no país, informou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A alta de devedores foi de 0,3 ponto percentual em setembro em relação a agosto. Em um ano, o avanço foi de 5,3 pontos.

O número de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em setembro, alcançando 30% do total de famílias no país. A terceira alta consecutiva levou o indicador ao maior percentual desde 2010.

A situação é pior para as famílias de baixa renda. Nos lares com renda inferior a dez salários mínimos, o endividamento superou os 80% pela primeira vez.

Na região, também foi registrada alta na inclusão de consumidores inadimplentes na lista do SCPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Segundo a Associação Comercial e Industrial de Pindamonhangaba, de janeiro de 2021 a outubro 2021, foram incluídos 3.411 consumidores na lista do SCPC. Já de janeiro de 2022 a outubro de 2022, o número saltou para 13.136 nomes, alta de 286%.

Lorena – O número de registros de inadimplentes, de acordo com o banco de dados da Associação Comercial de Lorena, avançou 1,35% no terceiro trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, segundo dados de cadastros dos associados.

Em Guaratinguetá a situação é diferente. Segundo a Associação Comercial e Empresarial, o número de inclusões no SCPC em 2021 foi de 6.610. Já em 2022, até setembro, foram 6.388 inclusões. O índice mostra uma ligeira queda.

A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), da CNC, considera dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Responsável pela apuração, a economista da CNC, Izis Ferreira, atribui o aumento das altas taxas de juros, que encarecem as dívidas já contraídas. Segundo a entidade, as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos percentuais em um ano, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018.

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