Coronavírus afeta rotina de escolas e universidades na região

Redes públicas e privadas suspendem gradativamente as aulas em plano de emergência; USP e Unesp paralisam atividades

A escola estadual professora Regina Pompéia Pinto de Cachoeira Paulista; rede de ensino da região é afetada por suspensões   (Foto: Jéssica Dias)

Da Redação
Regional

Temendo o contágio do coronavírus (Covid-19), prefeituras da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) anunciaram que suspenderão as aulas das redes municipais de ensino a partir da próxima segunda-feira. As principais faculdades públicas da região tiveram suas atividades interrompidas.

Apesar de ainda não registrarem casos de coronavírus, diversos municípios da RMVale anunciaram na última segunda-feira que adotarão uma série de medidas para tentarem evitar que seus moradores sejam infectados. A doença, que já atinge 314 brasileiros em 17 estados, de acordo com o Ministério da Saúde, registrou a primeira morte no país: um homem de 62 anos que tinha histórico de diabetes e hipertensão. Morador de São Paulo, ele estava internado em um hospital particular da capital paulista. Até esta terça-feira a RMVale havia registrado 96 casos suspeitos.

Seguindo a recomendação do governador João Doria (PSDB), as prefeituras da região suspenderão as aulas da rede municipal de forma gradativa até a próxima sexta-feira, sendo que os estudantes não serão punidos com faltas caso não compareçam as escolas neste período. A partir da próxima segunda-feira os colégios estarão fechados, com a previsão de serem reabertos em 15 dias. O mesmo procedimento ocorre nas unidades estaduais. De acordo com Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo) as escolas privadas seguirão o posicionamento estadual.

Além de Guaratinguetá e Lorena, as prefeituras da região que divulgaram notas oficiais confirmando que atenderão a solicitação do Estado foram Aparecida, Cunha, Cachoeira Paulista, Caraguatatuba, Cruzeiro, Ilhabela, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz, Roseira, Taubaté, Tremembé, São José dos Campos, São Sebastião, Silveiras e Ubatuba.

Responsável pelo atendimento de pouco mais de 15 mil estudantes da rede municipal de Pindamonhangaba, o secretário de Educação, Júlio Cesar do Valle, justificou a medida. “Nós, assim como as cidades vizinhas, estamos adotando uma postura alinhada ao Estado. Ao longo desta semana as faltas não serão contabilizadas, possibilitando que os estudantes não tenham prejuízos e não necessitem irem aos colégios. Estas ações são importantes para evitarmos o alastramento do coronavírus”.

Os universitários da USP – Lorena (Universidade de São Paulo) e da Unesp – Guaratinguetá (Universidade Estadual Paulista) tiveram as aulas paralisadas nesta terça-feira por tempo indeterminado.

 

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