Como conduzir o estresse infantil

Você estabelece o limite, ele contesta, você o repreende, ele se altera, você se excede! Talvez por aí a ordem se altere, mas comumente os excessos emocionais e o desconforto em se ver em uma condição de autoridade confrontada é muito comum. Você, em seu modelo idealista de autoridade familiar, talvez suponha que uma educação de sucesso é aquela em que um olhar de repreensão deveria ser suficiente para conter o “comportamento problema”. E tudo bem, viemos desse lugar de autoridade demarcada e infância de baixa contestação, mas precisamos reajustar esse modelo considerando o abismo que há entre essas duas gerações.

Nossas crianças são espontâneas, divertidas, barulhentas, e sim, valorizamos isso nelas, ainda que em alguns momentos esses mesmos comportamentos nos deixem impacientes.

Mas vem cá, infância criativa se opõe a um modelo castrador de autoridade! Ou você inibe o espontâneo com severas repreensões ou você identifica novos caminhos para se fazer respeitar.

Eu te sugiro a segunda opção e te convido a uma reflexão, quando seu filho se descontrola e você em uma tentativa de retomar a autoridade se excede, quem os devolve ao eixo? Talvez o seu filho intimidado com o seu descontrole recue, mas e se não for desse modo? O seu excesso pode então partir de um grito para um tapa, de um tapa para uma surra!

Desgastante né? Mas esta é uma ordem real! Então te proponho pausas! Se o seu filho está no nível três de estresse, esteja no um! Não estou te propondo passividade, estou te sugerindo ser modelo de controle. Seu filho terá em você uma referência prática de como conduzir a frustração. E entenda, neste lugar de controle você pode reestabelecer o limite, mantenha sua postura de regra, faça-o cumprir com o definido, mas não dialogue com o descontrole, respire, você pode ser fiel a sua mensagem de autoridade sem a presença de emoções que te desequilibram! Respire!

 

Meu nome é Márcia Freire, sou psicóloga clínica formada há onze anos e minhas principais demandas de intervenção são comportamentos de oposição infantil e suporte materno. Atendo também outras demandas, dentre elas, demandas de inclusão. Estou por aqui semanalmente trazendo temas de reflexão materna e dicas de manejo de comportamento infantil. Que o conteúdo te acrescente, mas que você o leia sempre alinhada ao que lhe é próprio, para que desse modo eu seja ferramenta de encontros, descobertas e reinvenção. Conte comigo!

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