Atraso e votos conferidos manualmente ditam o ritmo das apurações na região
Em Guará, fiscais contaram votos nos boletins de urna; falha no TSE gera atraso de quase quatro horas
Leandro Oliveira
Da Região
As eleições brasileiras são marcadas pela agilidade na apuração devido a utilização de urnas e recursos eletrônicos. Mas em um ano atípico, o cenário para divulgação dos dados foi afetado por um problema inédito em um supercomputador do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A consequência da falha foi uma longa espera até o veredito do Tribunal, no fim da noite de domingo (15).
Segundo o ministro e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, ocorreu um problema técnico em um processador do supercomputador do Tribunal. Isso gerou lentidão na totalização dos votos e, de forma consequente, divulgação dos dados nas plataformas digitais do Tribunal. A explicação foi dada em um pronunciamento na noite de domingo.
Sem os dados oficiais no TSE, o jeito foi conferir manualmente os votos através dos boletins de urna. Em Guaratinguetá, fiscais de coligações, foram até o cartório e somaram todas as filipetas impressas nas urnas para terem uma noção de quem estaria em vantagem na corrida pelo Executivo. Um candidato a vereador somou boletim por boletim e comemorou os mais de 1,3 mil votos que recebeu, mas ele não acabou eleito pelo partido não ter atingido o quociente eleitoral. “É um fato atípico, mas a gente tem que entender, diante dos problemas que ocorrem no dia a dia. Nós passamos por uma pandemia, estamos enfrentando todo tipo de dificuldade, e temos que nos adequar a essa situação para que a população receba as informações de forma correta, para que não sejamos apressados e informar coisa errada”, salientou o juiz eleitoral de Guaratinguetá, Dr. Walter Emídio da Silva.
Após o TSE atualizar as plataformas e dar andamento a apuração, o Cartório Eleitoral de Guaratinguetá disponibilizou parciais das votações, assim como em outras cidades da região. Em Guará, a definição de prefeito e vereadores eleitos foi feita quase 0h.