Região encaminha demandas na saúde após reunião em Potim

Debate focou problemas relacionados à cardiologia, vagas no AME e saúde mental

Pacientes aguardam atendimento em hospital na região (Foto: Arquivo Atos)
Pacientes aguardam atendimento em hospital na região (Foto: Arquivo Atos)

Jéssica Dias
Potim

Potim recebeu na manhã da última terça-feira secretários de saúde das cidades da região para debater as necessidades de atendimento à saúde regional.

Os assuntos colocados em pauta foram os problemas relacionados à cardiologia, vagas no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Lorena e sistema da saúde mental que vai entrar no Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), em Taubaté.

As reuniões são realizadas mensalmente em cidades da região. Em Potim o foco foram problemas apresentados por pacientes e profissionais do atendimento público nos últimos meses. No próximo mês a reunião será em Aparecida.

De acordo com a secretária de Saúde de Potim, Maria Rodineia, o problema com o AME tem sido a redução na oferta de vagas. “Aumentou muito o número de pessoas, aí diminuiu as nossas vagas, e a gente está com uma demanda grande”.

Inaugurado em julho de 2016, o AME de Lorena foi construído através de um investimento superior à R$3 milhões. A unidade, que abrange 17 municípios, realiza uma média de quinhentos atendimentos mensais e possui equipamentos capazes de realizar exames de 31 especialidades médicas.

A dificuldade com o número de vagas foi o tema de matéria publicada no último mês pelo Jornal Atos, quando o deputado estadual, Padre Afonso Lobato (PV) e representantes de Silveiras, Lavrinhas e Piquete reclamaram da falta de vagas no AME.

A prefeita de Piquete Teca Gouvêa (PSB) também protestou, afirmando que a dificuldade no agendamento não condiz com a justificativa da construção da unidade, que era de atender de forma igual às cidades da região. O DRS, afirmou que os apontamentos não procedem.

De acordo com a Departamento Regional, um dos principais problemas enfrentados pela gestão do AME é a média mensal de 17,7% de absenteísmo, equivalente a 4.354 pacientes ausentes. O órgão ressaltou que a maioria dos casos decorre da falta de confirmação do agendamento por parte dos municípios com os pacientes.

A responsável pelo setor de Regulação de Silveiras, Andreza Maura de Lacerda, também relatou as dificuldades com as vagas. “Estamos cada vez mais sem vagas. Continuamos sem porta de entrada e a quem recorrer. As prefeituras do Vale Histórico estão em conversa, porém sem muita luz no fim do túnel”.

A diretora do Departamento Regional de Saúde, Sandra Maria Carneiro Tutihashi, explicou que estão tomando atitudes visando a redução da taxa de ausências. “Mensalmente o DRS se reúne com os secretários municipais e apresenta as taxas de absenteísmo e as perdas primárias para redimensionar a oferta de serviço”.

Após a reunião as demandas serão encaminhadas para a reunião regional que acontece no próximo dia 27 na DRS, em Taubaté, e depois para a reunião estadual, em São Paulo. De acordo com a secretária de Saúde de Potim no próximo dia 1 acontecerá a reunião com os secretários, onde a diretora regional apresentará a decisão final.

 

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