Prefeito de Potim é acusado de Nepotismo

Vereadores de oposição querem explicações para a contratações de sobrinhos de Edno Felix

Rafael Rodrigues

Potim

O prefeito de Potim Edno Félix, que vai responder por denúncia de nepotismo (Arquivo Atos)
O prefeito de Potim Edno Félix, que vai responder por denúncia de nepotismo (Arquivo Atos)

O prefeito Edno Felix (PTdoB) voltou a ser foco de denúncias na última sessão na Câmara de Potim. Ele foi acusado em requerimento do grupo de oposição de nepotismo na Prefeitura após a contratação de sobrinhos.

A acusação é de que o prefeito nomeou dois sobrinhos para cargos de diretores: Gislene Félix para Saúde e Roberto Rivelino para Promoção Social.

Ocupados há cerca de um ano, os cargos foram questionados não só pelos parlamentares como também moradores que denunciaram as nomeações.

O vereador Renato Domiciano de Castro (PR) foi autor do requerimento solicitando da Prefeitura os dados cadastrais da portaria de contratação e o grau de parentesco dos dois diretores.

“As denuncias chegam da própria população. Hoje, temos a diretora de Saúde e o diretor da Promoção Social, contratados e ambos seriam sobrinhos do prefeito. Enquanto isso, tem pessoas que trabalham barbaridade e ganham pouco, e essas pessoas sem qualificação nenhuma têm salários altos”, criticou Castro.

Sem citar nomes, o parlamentar alegou ainda que vereadores da própria situação afirmaram que existem além desses cargos, mais de vinte pessoas contratadas em cargo de comissão, que tem alguma ligação de parentesco com o chefe do Executivo.

Depois de aprovado por unanimidade o pedido de informação, a Prefeitura tem até 15 dias para apresentar os dados solicitados. Alguns vereadores acreditam que terão dificuldades, já que a atual administração é acusada pela Câmara de não responder aos requerientos da Casa.

Domiciano disse ainda que apesar disso, os vereadores estudam com o jurídico para conseguirem as informações e se constatada as irregularidades serão levadas para análise do Ministério Publico. “A gente vai atrás dessas informações, comprovando vamos levar para o Ministério Publico. Esse é o caminho que temos, infelizmente”.

Sobre uma possível comissão processante para cassar o mandato de Félix, o vereador foi enfático em dizer que não teria resultado, mesmo comprovando as irregularidades, alegando que o governo tem a maioria na Câmara. “Uma processante seria apenas desgaste político. O prefeito tem a maioria dos vereadores dando sustentação ao governo e não chegaríamos a lugar nenhum”.

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