Polícia encerra ações sem encontrar vestígios de escoteiro desaparecido em Piquete

Nova operação não consegue detalhes, mas pode garantir avanço em caso do mistério sobre Marco Aurélio no Pico dos Marins; caso completa 38 anos

Foto do escoteiro na época de seu desaparecimento, e a projeção de como ele poderia estar nos dias de hoje; buscas encerradas (Foto: Reprodução)

Lucas Oliveira
Piquete

A primeira etapa da nova operação de busca por vestígios do escoteiro Marco Aurélio Simon, que desapareceu em 1985 no Pico dos Marins em Piquete, foi encerrada no último fim de semana. Apesar de não encontrar novas evidências na montanha, a Polícia Civil coletou amostras de materiais que podem contribuir para o avanço do trabalho investigativo.

Contando com equipes de delegacias da região e da capital paulista, a operação foi encerrada no fim da tarde da última sexta-feira (22), após cinco dias de trabalho. De acordo com a Polícia Civil, ao longo da ação, peritos escavaram e peneiraram a terra de uma área de mata do Pico dos Marins, onde havia a suspeita de existir uma cova.

A definição do local de averiguação ocorreu após um drone, equipado com um sistema alemão de detecção de alta profundidade, sobrevoar o ponto turístico no início deste mês e apontar cinco trechos que poderiam contar com ossos enterrados. Para a frustração de familiares de Marco Aurélio, no primeiro ponto de escavação não foram encontrados ossos. Em contrapartida, os peritos coletaram vestígios de materiais, que foram encaminhados para um laboratório que verificará se há presença de material genético do escoteiro.

A Polícia Civil aguarda o resultado das análises das amostras para definir a data de início da segunda fase da operação de buscas, que consistirá na escavação de outro ponto mapeado pelo drone inteligente.

Mistério – Integrante de um grupo de escoteiros da capital paulista, Marco Aurélio desapareceu em 8 de junho de 1985. De acordo com relatos da época, o paulistano estava em Piquete acompanhado por outros quatro escoteiros, sendo apenas um adulto. A escalada do grupo ao Pico dos Marins foi paralisada quando um dos adolescentes se machucou e não conseguiu mais caminhar.

O chefe dos escoteiros solicitou que Marco Aurélio fosse à frente, abrindo caminho em meio às trilhas, para facilitar a passagem dos demais na volta à base da montanha, onde estavam acampados, mas o garoto sumiu de forma misteriosa no percurso.

O desaparecimento foi constatado pelo grupo ao chegar ao acampamento na manhã do dia seguinte. Diversas operações de busca foram realizadas na época do desaparecimento do escoteiro. Em 2021, o caso foi reaberto pela Polícia Civil após o relato de uma moradora de Piquete levantar a suspeita de que o corpo do adolescente poderia estar enterrado em uma área que fica nas imediações da base do Pico dos Marins. No entanto, o trabalho de escavação, realizado em julho de 2021, não localizou os restos mortais do paulistano.

A Polícia Civil promoveu uma nova escavação em 16 de novembro do ano passado em uma área de mata próxima à base da montanha, mas também não encontrou vestígios do escoteiro.

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