PF investiga suposto desvio de verbas da Saúde em Piquete
Agentes apreendem documentos na Prefeitura; órgão analisa indícios de superfaturamento e fraudes licitatórias
Lucas Barbosa
Piquete
Investigando há quase um ano um suposto esquema de desvio de verbas públicas na área da Saúde de Piquete, a PF (Polícia Federal) deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (15), na Prefeitura e nas sedes de empresas em outras três cidades da região. Além de superfaturamento na compra de medicamentos e materiais hospitalares, o órgão federal apura possíveis fraudes em licitações.
Batizada de “Phármaco”, a operação da PF contou com a participação de 33 agentes e o apoio de quatro auditores da CGU (Controladoria Geral da União).
Primeiro local visitado pela equipe, o paço municipal de Piquete teve suas salas vistoriadas e documentos apreendidos.
De acordo com a PF, investigações apontaram diversos indícios de irregularidades como: aquisições de remédios com preços em média 133% superiores ao do mercado, direcionamento de licitação (privilegiar empresa concorrente) e divergência na quantidade de medicamentos que foi comprada com a fornecida pela Prefeitura ás suas unidades de Saúde. Segundo a CGU, o esquema gerou um prejuízo de ao menos R$ 470 mil aos cofres públicos.
Apesar de não revelar o nome e a função do servidor municipal de Piquete, que seria o principal responsável pelo esquema fraudulento, a PF informou que ele foi afastado por tempo indeterminado de suas funções pela Justiça Federal.