Isael afasta de chefe do laboratório municipal

Prefeitura não revela motivo da decisão; Shirley de Abreu estava no serviço há 23 anos

Dra. Shirley, afastada em Pinda
Dra. Shirley, afastada em Pinda

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Constante alvo de críticas por parte da população, o Laboratório Municipal de Pindamonhangaba foi palco de mais uma polêmica na última semana. A chefe da unidade, Shirley de Abreu, foi afastada do cargo por determinação do prefeito, Isael Domingues (PR).

Mais de duas décadas à frente do Laboratório, a bióloga Shirley de Abreu, teve seu afastamento preventivo, com duração de sessenta dias, publicado no último dia 6 no jornal “Tribuna do Norte”, mas a portaria não revelou o motivo da decisão. Procuradas pela reportagem do Jornal Atos, tanto Prefeitura como Shirley se negaram a comentar o caso.

De acordo com o blog “Walter Magui em Foco”, de Pindamonhangaba, desde o último dia 22 a chefe do Laboratório de Análises Clínicas responde a um processo de sindicância, que investiga sua conduta. O fato reforçaria a suspeita de que o afastamento de Shirley ocorreu com o pretexto de evitar que ela prejudique o desenvolvimento da investigação.

Rotina – Não é de hoje que assuntos ligados ao Laboratório Municipal são temas de debates pelo município. No início de julho a Câmara aprovou a abertura de uma de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar as condições que levaram a unidade a prestar um serviço deficitário à população.

A investigação foi aberta cinco dias após o Executivo publicar o edital de credenciamento para que outros laboratórios realizem os exames, que até então eram feitos somente pela unidade municipal. A expectativa da comissão é que as primeiras oitivas ocorram ainda neste mês.

Já em agosto, o Município contratou, de forma emergencial, a Unimed para gerir o Laboratório Municipal, através de um investimento municipal de R$ 375 mil.

No mesmo mês, a presidente do Comus (Conselho Municipal de Saúde), Irene Ribeiro, convidada a utilizar a tribuna da Câmara, criticou as decisões tomadas por Isael referentes ao laboratório.

Além de afirmar que existe desvio de função na unidade, onde bioquímicas trabalham como atendentes, ela afirmou que pacientes entraram na Justiça contra o Município devido à demora da liberação dos resultados de exames.

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