Morador atira pedra e quebra vidro de guichê da Viva Pinda

Incidente na área de venda de passes promove discussão entre usuários

Ana Camila Campos
Pindamonhangaba

Pessoas que transitavam pela Praça Barão Homem de Melo, no início da tarde de quarta-feira (10), foram surpreendidas por um fato inusitado. Um homem de 48 anos, que estaria descontente com o serviço prestado no guichê da empresa de ônibus Viva Pinda, atirou uma pedra contra o vidro onde é feito o atendimento ao público.

De acordo com informações obtidas no local, o autor foi até o guichê e efetuou um pedido para obter novo cartão de passe, alegando que o atual estava com o chip queimado. Algum tempo depois, ele retornou, e seguindo os procedimentos da empresa, a funcionária solicitou que ele deixasse o cartão antigo para poder levar o novo. Foi então que o indivíduo se negou a entregar e começou a tumultuar.

Após fazer ameaças aos funcionários, ele pegou uma pedra e atirou contra o vidro da central de atendimento. Ninguém foi atingido nem ficou ferido.

Ele foi detido e encaminhado ao 1º DP, onde foi registrada a ocorrência de flagrante por dano. Segundo informações da Polícia Civil, ele já possui passagem.

Passageiros se espremem em linha sobrecarregada da Viva Pinda
Passageiros se espremem em linha sobrecarregada da Viva Pinda

Situação do transporte em Pinda merece atenção

Após o incidente registrado na região central da cidade, a redação do Jornal Atos conversou com alguns munícipes para saber a avaliação do serviço da empresa que administra o transporte público na cidade.

A maioria dos entrevistados reclamou que há poucos ônibus e que a demora entre um carro e outro é bem maior do que a estimativa que a Viva informa. “Precisa melhorar mais o horário. Eles dizem que o ônibus passa a cada 10 minutos, mas é de meia hora para mais”, disse a moradora da região de Moreira César, Marilza Silvestre.

Silvio Rodrigues mora no Ipê I e também reclamou da demora. Ele disse que a situação piora aos finais de semana, pois o coletivo demora ainda mais.

Já Aparecida Donizete disse que raramente pega ônibus. Ela é moradora do bairro das Campinas, e falou que quando está no Centro e depende do transporte, é necessário esperar muito.

Essa situação também tem prejudicado alguns trabalhadores, como é o caso de Adriano Leal, que necessita do transporte para ir à sua loja, localizada no Cidade Nova. Com a demora, ele geralmente abre o comércio mais tarde. “Além disso, não tem ônibus direto para o Cidade Nova e preciso pegar dois ônibus”, apontou.

Ivonete da Silva demonstrou sua insatisfação com a superlotação depois das 18h. Ela pega ônibus para o Araretama, e comenta que é comum as pessoas estarem, até mesmo, nas escadas: “Além da superlotação após um determinado horário, ou aos domingos e emendas de feriados, não há ônibus direto para o Araretama, somente os que passam pelo Cidade Jardim. O trajeto acaba sendo muito maior, e uma viagem que era para ser feita em 20 minutos, no máximo, acaba sendo em mais de cinquenta”, afirmou.

Ela ainda contou que a mãe de 72 anos possui o cartão de isenção de passe e que é necessário renová-lo anualmente. Porém, ela precisa ir até a garagem da empresa, que fica em Moreira César, para atualizar o cadastro. “É muito ruim levar minha mãe idosa em todo esse percurso. Eles poderiam disponibilizar esse serviço no guichê do Centro”, sugeriu.

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