Isael critica decisão de Doria de fechar IML de Pinda

Estado alega que unidade tem baixa demanda e centraliza serviço em Taubaté; município deve recorrer à Justiça

O prédio do IML, que deixa de prestar serviços em Pinda após decisão do governador João Doria (Foto: Reprodução PMP)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Descontente com a decisão do governador João Doria (PSDB) em ordenar o fechamento do IML (Instituto Médico Legal) de Pindamonhangaba, o prefeito Isael Domingues (PL) revelou, na última segunda-feira, que estuda levar o caso à Justiça. Devido à mudança, a demanda de Pindamonhangaba será absorvida pela unidade de Taubaté. Publicada pela secretaria de Segurança Pública no Diário Oficial, no último dia 6, o parecer determinou que o IML fechasse suas portas na última segunda-feira.

Em nota oficial, o Estado justificou que a ação faz parte de um processo de reorganização, e que foi também motivada pela baixa demanda de    serviços no IML na cidade, que nos últimos anos registrou uma média de menos de uma necropsia (exame que determina a causa da morte) diária.

O documento ressalta ainda que a decisão “não trará qualquer prejuízo à prestação do serviço na região já que os dez profissionais que atuavam em Pinda, incluindo dois médicos legistas, serão remanejados para Taubaté (trecho da nota)”.

Temendo que a determinação do Estado prejudique as famílias de Pindamonhangaba, Isael prometeu fazer tudo que estiver ao seu alcance para reverter a decisão. “Estamos indignados e não aceitamos esse ato do governo Doria. Vamos tomar todas as medidas, se necessário até judiciais, para o Estado recuar sobre esta questão. A população não pode sofrer com essa resolução arbitrária e iremos lutar com toda força para revertê-la”.

O diretor da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Rafael Lamana, explicou que a alteração gerará despesas aos moradores de Pindamonhangaba que necessitarão custear seus deslocamentos até Taubaté para terem acesso a exames de corpo delito ou até mesmo dar prosseguimento nos trâmites burocráticos relacionados a mortes violentas de parentes. “Este ato foi totalmente unilateral, o Estado nos informou apenas na última sexta-feira que fecharia o IML na segunda. Não concordamos com as justificativas do governo, pois a unidade atende uma população de quase 180 mil habitantes e também recebia vítimas de acidentes das rodovias da serra de Campos do Jordão”.

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