Isael assume Pinda com reforma administrativa de R$ 6 milhões

Pacote de corte de gastos deve ser encaminhado à Câmara para dar aval ao governo; Piorino cobra atenção dos poderes

Isael Domingues, o prefeito de Pindamonhangaba, que tomou posse no último domingo; projeto de corte de gastos é o primeiro passo do mandato (Foto: Colaboração / João Paulo Ouverney)
Isael Domingues, o prefeito de Pindamonhangaba, que tomou posse no último domingo; projeto de corte de gastos é o primeiro passo do mandato (Foto: Colaboração / João Paulo Ouverney)

Francisco Assis
Pindamonhangaba

A vitória sobre Vito Ardito Lerário (PSDB) deu a Dr. Isael Domingues (PR), bem mais que a chance de governar Pindamonhangaba pela primeira vez. Ele ganhou um desafio nada fácil, com um orçamento em queda e uma demanda de problemas cada vez maior. Ao tomar posse, no último domingo, ele destacou como primeiro passo um pacote de corte de gastos enviado à Câmara.

A solenidade foi presidida pelo vereador mais votado, com 3.152 votos, Rafael Goffi (PSDB), que empossou os 11 novos colegas de plenário, Domingues e o vice Ricardo Piorino. As dificuldades no atendimento da Saúde e o aperto financeiro deram o tom do evento. “Não podemos ficar buscando soluções rápidas e baratas e sim fazer o que deve ser feito. Enxugar, cortar gastos e trazer de volta a confiança do morador da cidade. Digo isso a nós da Prefeitura e também aos vereadores, que passam a ser representantes do povo”, frisou Piorino.

Em novembro, a Câmara aprovou o orçamento para 2017, com uma redução de 4,99% em relação a 2016 (de R$ 456,5 milhões para R$ 433,7 milhões). Entre as secretarias, os gastos mais expressivos que sofrem queda são os setores de Desenvolvimento Econômico e Habitação.

Com um orçamento reduzido, o novo prefeito destacou seu primeiro ato na Prefeitura, um projeto de urgência para reforma administrativa com corte de gastos no Executivo. A ideia é reduzir o impacto da crise em 2017.

Sem detalhar o pacote, Isael frisou que a expectativa é de que a medida garanta uma economia de até R$ 6 milhões por ano para os cofres públicos.

“Estamos fazendo uma reforma emergencial, um modelo muito próximo do ideal, o essencial para não ficarmos sem governo. Uma reforma emergencial, ou minirreforma, com um impacto de mais de R$ 6 milhões na economia”, contou o prefeito.

A medida ainda não foi enviada à Câmara, mas a expectativa de Domingues é de apoio na casa. “Os vereadores estarão orientados de que, com a aprovação da reforma, o prefeito começa a ter um pouco de gestão. Buscaremos por órgãos credenciados ou por meio de licitação, para os primeiros três quatros meses e depois fazer uma reforma mais refinada, com correções deste primeiro momento”.

O “essencial” da proposta, destacado pelo prefeito, seria baseado na avaliação feita pela equipe de transição. Segundo Domingues, sem a reforma administrativa, é “impossível administrar Pinda”. “Essa primeira é extraordinária. Se não fizer isso, ficamos sem gestão. Hoje não poderemos ter nem o secretariado funcionando”.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?