Críticos de Isael, Pipas e Goffi são alvos de CEI’s em Pinda

Acusações de homofobia contra servidor municipal e denúncia de ‘caixa 2’ na campanha eleitoral colocam oposicionistas na mira de investigação

Os vereadores de Pinda que enfrentam investigação na Câmara; crimes de homofobia e caixa dois (Fotos: Arquivo Atos)
Os vereadores de Pinda que enfrentam investigações na Câmara; quebra de decoro e caixa dois (Fotos: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Durante sessão polêmica, a Câmara de Pindamonhangaba aprovou na última segunda-feira a abertura de CEI´s (Comissão Especial de Inquérito) contra os vereadores Rafael Goffi (PSDB) e Ronaldo Pinto, o Ronaldo Pipas (PR). Enquanto o primeiro é acusado de supostamente ter praticado ‘Caixa 2’ na campanha eleitoral de 2016, o outro é denunciado por homofobia e quebra de decoro parlamentar.

Protocolada pela vereadora Gislene Cardoso (DEM), a CEI contra Pipas foi instaurada após as assinaturas dos parlamentares: Antônio Alves, o Toninho da Farmácia (PSDB), Carlos de Moura, o Magrão (PR), Jorge Pereira, o Jorge da Farmácia (PR) e Osvaldo Negrão, o Professor Osvaldo (PR).

A comissão investigará a denúncia do controlador de acesso do Pronto Socorro de Pindamonhangaba, Geovane Aloísio Rodrigues, 24 anos, que afirmou ter sido ofendido por Pipas com palavras homofóbicas, em 2017. Na época, além de denunciar o caso à Câmara, o servido municipal registrou um boletim de ocorrência contra o parlamentar.

De acordo com o denunciante, durante um desentendimento no Pronto Socorro, o vereador afirmou que ele não poderia exercer sua função por ser homossexual. “Além de ter me atacado com insultos preconceituosos, ele disse ainda que eu ‘mamo nas tetas do prefeito’. Eu achei isso muito constrangedor e sem cabimento, porque não sou funcionário comissionado. Não desejo a ninguém o que passei, sou uma pessoa honesta e trabalhadora. Torço para que através desta CEI, ele seja punido porque homofobia é crime”, explicou Rodrigues, que afirmou ainda que já ouviu Pipas usando expressões homofóbicas durante diversas sessões de Câmara.

Presidida por Gislene, a comissão terá como membros os vereadores Professor Osvaldo e Roderley Miotto (PSDB), sorteados para a função.

Segundo a comandante da CEI, serão apuradas também outras denúncias de quebra de decoro parlamentar (conduta inadequada) por parte de Pipas. “Além de frases homofóbicas, já presenciei o Pipas sendo machista no plenário, falando que para estar na Câmara é preciso ser homem. Infelizmente, não é de hoje que ele vem se comportando de uma maneira preconceituosa e desrespeitosa até mesmo com seus colegas. Já ouvi ele chamando outro vereador de ‘gazela’ e ‘franguinha’”.

A expectativa de Gisele é que a primeira reunião dos membros da comissão ocorra na próxima semana.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento ao vereador Ronaldo Pipas, mas ele não encaminhou uma resposta até o fechamento desta edição.

Proposta pelo Professor Osvaldo, a CEI contra Goffi foi instaurada após as assinaturas de: Gislene, Magrão, Jorge da Farmácia e Toninho da Farmácia.

A comissão apurará a denúncia de que o parlamentar supostamente cometeu crimes eleitorais em 2016. Também investigado pelo Ministério Público Eleitoral, Goffi foi denunciado por omissão de receitas e despesas na prestação de contas da última campanha eleitoral. Os detalhes do caso permanecem sob sigilo judicial.

A reportagem solicitou mais informações sobre a denúncia ao Professor Osvaldo, mas o presidente da comissão negou-se a conceder entrevista. Também procurado pelo Atos, Goffi não encaminhou um posicionamento até o fechamento desta edição.

A CEI terá como membros Gislene e Toninho da Farmácia, sorteados para as funções.

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