Cravi amplia atendimento para vítimas de violência na região
Equipe de Pindamonhangaba visita delegacias de Lorena, Guaratinguetá, Aparecida e Jacareí
Andréa Moroni
Pindamonhangaba
O Cravi (Centro de Referência e Apoio à Vítima) de Pindamonhangaba está expandindo seu atendimento para as cidades da RMVale. Serão realizadas visitas às delegacias de Lorena, Guaratinguetá, Aparecida e Jacareí.
As técnicas Ana Clara dos Santos (assistente social) e Patrícia Garcez (psicóloga) conversaram também com as delegadas Adriane Gonçalves (DDM de Lorena), Vânia de Oliveira (DDM de Guaratinguetá) e Cristiana de Freitas (DP de Aparecida); Miguel Jacob (2° DP de Moreira César); Hugo de Castro e Alexandre Bologna (DP de Caçapava).
A intenção é ampliar os encaminhamentos das vítimas diretas e indiretas dos crimes de homicídio, feminicídio e latrocínio (roubo seguido de morte). O Centro de Referência é um programa da secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, em parceria com a Prefeitura de Pindamonhangaba e o Ministério Público.
De acordo com a secretária de Assistência Social de Pindamonhangaba, Ana Paula Miranda, têm sido produtivos os encontros com os delegados e delegadas das cidades da região. “Nós queremos ampliar o nosso atendimento. O Cravi não oferece abrigo, mas atendimento social e psicológico para a vítima e seus familiares. Quando identificamos outras necessidades, nós encaminhamos para os serviços necessários”.
Quando a vítima procura o centro, é realizada uma triagem para averiguar a natureza da violência. Sendo identificada como grave, prossegue para a etapa do acolhimento, onde a vítima passa por um pré-diagnóstico para identificar a demanda da pessoa e se ela vai precisar de um acolhimento social, psicológico ou jurídico.
Com o atendimento do Cravi, a vítima recebe assistência da equipe técnica, que inclui psicólogos e assistentes sociais. A assistência dura de um a três encontros, onde a equipe técnica procura conhecer mais a pessoa e entender a violência e qual o impacto aquilo causou em sua vida. Após esses encontros, a equipe de assistência social consegue identificar a demanda necessária para ajudar essa pessoa, como a inserção em programas sociais, atendimento psicológico, ou até mesmo orientações jurídicas.
Enquanto a pessoa estiver vulnerável por conta do trauma ocasionado pela violência, ou pela tentativa, o Cravi segue dando apoio. “Dependendo do caso, o acompanhamento psicológico pode durar até dois anos, para que a vítima se fortaleça e encontre meios para prosseguir. Enquanto ela não tiver condições para isso, ela continuará recebendo esse auxílio do centro”, afirmou a psicóloga Patrícia Garcez.
Caso o atendimento não seja de competência do Cravi, a vítima é encaminhada para órgãos parceiros como Delegacia de Defesa da Mulher, Centro de Atendimento Psicossocial, Ordem dos Advogados do Brasil ou rede de saúde básica.
O Centro de Referência e Apoio à Vítima atende à rua José Antônio Salgado, nº 101, no Bosque da Princesa. O serviço pode ser contatado pelos telefones (12) 3550-0507 e (12) 3550-0508.