Câmara de Pinda arquiva CEI contra Vanone

Depois de um ano, investigação descarta que secretário seja autor de “áudio-bomba”

A participação do secretário Fabiano Vanone (à direita) durante oitivas da CEI na Câmara de Pinda (Foto: Arquivo Atos)
A participação do secretário Fabiano Vanone (à direita) durante oitivas da CEI na Câmara de Pinda (Foto: Divulgação)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Aberta há mais de um ano pela Câmara de Pindamonhangaba, a CEI (Comissão Especial de Inquérito) que apurou indícios de conduta incompatível com a moralidade pública por parte do secretário de Gabinete da Prefeitura, Fabiano Vanone, teve seu relatório lido e arquivado na última sessão.

A investigação, que foi comandada por Roderley Miotto (PSDB), apurou que era falso o áudio atribuído ao membro do Executivo, em que palavras de baixo calão são usadas para depreciar o município e sua população.

Aprovada em 30 de janeiro de 2017, a comissão analisou uma gravação divulgada pelo “Blog Irani Lima” em que a voz de um homem, que supostamente seria de Vanone, afirmou que “a cidade, as pessoas e os políticos são umas m…”.

O áudio “caiu como uma bomba” no município, gerando uma onda de protestos pelas redes sociais e ruas da cidade. No fim de janeiro, um grupo de moradoras utilizou cartazes com os dizeres “Não somos uma m…” e “Respeite Pinda” durante uma manifestação no Centro.
Em 6 de abril, Vanone participou de uma oitiva na Câmara, onde além de negar a veracidade do áudio, afirmou que a acusação era um ato político contra o recém iniciado governo do prefeito Isael Domingues (PR).

Dando sequência a investigação, a Câmara encaminhou no segundo semestre de 2017 o áudio para a análise de uma empresa especializada, que apurou que a voz não era a do secretário de Gabinete. Mas o resultado não convenceu Miotto, que em resposta a um protesto popular contra a demora na conclusão do relatório da CEI, que teve até a distribuição de pizzas no plenário em fevereiro de 2018, revelou durante entrevista que estava buscando o apoio da Polícia Civil para a realização de uma contraprova.

Porém, a nova análise foi inviabilizada, já que era necessária a abertura de um inquérito policial.  “Entendemos que não era preciso levar este caso até a esfera criminal. Desta maneira, seguimos o resultado da perícia do áudio. É importante destacar que realizamos todas as averiguações necessárias, dando uma resposta à população”, explicou Miotto, que revelou ainda que uma cópia do relatório final será encaminhada nos próximos dias ao Ministério Público.

CEI’s – Além da “CEI do Vanone”, no ano passado foram instauradas outras duas investigações contra a atual gestão municipal.
Uma delas, também presidida por Miotto, apura as condições que levaram o Laboratório Municipal a prestar um serviço deficitário à população. Segundo o presidente da comissão, que está em fase de oitivas, ainda não existe um prazo para a conclusão do relatório final, já que diversos fatos ainda precisam ser esclarecidos.

Já a terceira CEI, que analisa a legalidade e moralidade da cobrança extra do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), foi aprovada no fim de agosto de 2017 e tem como presidente Rafael Goffi (PSDB), que deverá concluir os trabalhos até o fim de abril.

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