Câmara de Pinda aprova reajuste salarial aos servidores municipais
Quase 3,7 mil trabalhadores recebem aumento de 2,07%; Prefeitura e sindicato negociam novo reajuste para 2019
Lucas Barbosa
Pindamonhangaba
Por 7 votos a 3, a Câmara de Pindamonhangaba aprovou na última sessão o projeto do Executivo que reajusta em 2,07% os salários dos servidores municipais. Descontente com o valor do índice, o sindicato da categoria revelou que esta avançada a negociação com o prefeito Isael Domingues (PR) para que uma nova correção salarial ocorra no início de 2019.
Desde setembro do ano passado, a atual gestão municipal e o Sindicato dos Servidores Municipais de Pindamonhangaba discutem sobre o valor do reajuste que seria concedido aos quase 3,7 mil trabalhadores em 2018. Enquanto o presidente do sindicato, Daniel Ramos, cobrava uma correção de 7%, Isael justificava que o índice de 2,07% é o reajuste que conseguiria conceder devido aos gastos com a folha de pagamento do Munícipio, que estão próximos de atingir o limite prudencial estabelecido por lei.
Após quase nove meses de embates, o projeto foi aprovado pelo Legislativo na última segunda-feira. Afirmando que os trabalhadores deveriam ter recebido um reajuste maior do que 2,07%, votaram de forma contrária à proposta os vereadores Rafael Goffi (PSDB), Ronaldo de Andrade, o Ronaldo Pipas (PR) e Jorge Pereira, o Jorge da Farmácia (PR).
Expectativa – No último dia 14, Isael e parte de seu secretariado se reuniram com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Daniel Ramos, para debaterem sobre o reajuste 2,07% e demais reinvindicações da categoria. O encontro contou também com a presença do presidente da Câmara, Carlos de Moura, o Magrão (PR), e dos vereadores Felipe César (PV) e Osvaldo Macedo, o Professor Osvaldo (PR).
De acordo Ramos, as partes decidiram que o Município buscará adotar no segundo semestre uma medida que viabilize um novo reajuste salarial no início de 2019. “O Isael explicou que existe um gasto de quase R$ 2 milhões com horas extras, comprometendo recursos que poderiam ser usados num reajuste. Iremos até a Justiça do Trabalho para ver se existe a possibilidade da Prefeitura adotar um sistema de banco de horas por um ano. Já que provavelmente ocorrerá essa mudança, em janeiro nos reuniremos para discutir sobre uma nova correção salarial, já que não existirá mais a despesa com as horas extras”, revelou o presidente do sindicato.