Aceni e ABBC iniciam processo de transição no Pronto Socorro
Prefeitura de Pinda prorroga intervenção administrativa até mudança; nova gestora deve assumir em janeiro
Pindamonhangaba
Sediada em Nova Iguaçu-RJ, a empresa, que administrará por seis meses o local, receberá mensalmente R$ 1,749 milhão pelo serviço. O valor é R$ 230 mil superior ao pago a ABBC, que recebe R$ 1,519 milhão por mês.
Em nota oficial, a Prefeitura explicou que representantes da Aceni já estão acompanhando de perto o cotidiano da unidade, buscando se inteirarem sobre os detalhes do funcionamento dos setores administrativos, financeiros e de atendimento médico. Além disso, a empresa carioca também está realizando contatos com os funcionários, prestadores de serviços e fornecedores.
A nota enfatiza que a Prefeitura acredita que “esse período de transição seja necessário para que todas as atividades do PS sejam executadas da melhor maneira possível, refletindo positivamente no atendimento aos pacientes”.
A Aceni foi anunciada no início de novembro como a nova gestora da unidade. A previsão inicial era que ela tivesse assumido o serviço no último dia 6.
Histórico – Após discordâncias entre a Prefeitura e a gerência da ABBC, que administrava o PS desde maio do ano passado, o município realizou uma licitação em abril de 2018 para a contratação da organização social, que assumiria a gestão já no mês seguinte.
Disputado por cinco concorrentes, o certame acabou “travado” após parte das empresas entrarem com recursos jurídicos.
Para evitar que a unidade ficasse sem comando até a conclusão do processo licitatório, Isael prorrogou no início de maio o contrato com a ABBC por sessenta dias.
Já em 6 de junho, o chefe do Executivo anunciou a intervenção administrativa no PS por um mês, justificando que o ato foi motivado porque “a ABBC estava perdendo contratos regionais de fornecedores, indícios de que a entidade enfrenta problemas financeiros”.
A Prefeitura afirmou ainda que a organização social não apresentou a prestação de contas e comprovantes de pagamentos de seus funcionários e fornecedores. À época, a terceirizada classificou as acusações como “inverdades”.
Apesar dos embates, o contrato entre as partes foi prorrogado novamente até a conclusão do período de transição entre a ABBC e a Aceni.