Vitória de Tão coloca cenário de Lorena sob interrogação
Bancada elege mesa diretora em votação que derrubou grupo de Fábio Marcondes
Da Redação
Lorena
Ponto chave da cerimônia da posse, no último domingo, a eleição para a mesa diretora em Lorena dividiu o cenário político da cidade. De um lado, a base do prefeito Fábio Marcondes (PSDB), que tentava garantir a eleição de Beto Pereira (DEM) à presidência. De outro, o grupo que apostou em Waldemilson da Silva, o Tão (PR), que acabou eleito por 9 votos a 8.
O placar foi o mesmo nas votações que definiram Maurinho Fradique (PTB) como vice-presidente, Pedro da Vila Brito (PTB) o primeiro secretário e Samuel de Melo (PTB), na segunda secretaria.
Para garantir a eleição da bancada, o grupo de Tão contou ainda com os votos de Adevaldir da Funerária (PRB); Lúcia da Saúde (PP), Careca Locadora (PV), Fábio Longuinho (PSC) e Elcio Vieira (PV).
Questionado se a nova mesa pode ser chamada de oposição, Tão garantiu que não pretende trabalhar para barrar o Executivo. “A política tem todo esse processo. Por exemplo, eu gosto do prefeito Fábio Marcondes, mas gostar dele não quer dizer que eu tenha que concordar com tudo que ele fala. Eu votei em todos os projetos do prefeito, projetos que eu visualizava que era pro bem de Lorena. Não sou inimigo do Fábio e jamais vou ser, porque antes dessa relação que nós temos hoje nós temos que pensar em Lorena”.
O presidente do Legislativo contou que pretende articular junto aos deputados do partido para atrair recursos à cidade. Medida que espera ver em outros vereadores. “Nosso único foco tem que ser Lorena. Quero trazer recursos federais, estaduais para ajudar o prefeito. Nós temos que pensar na administração pública, na geração de emprego. São tantas coisas que não adianta ficar puxando um cabo de guerra”.
Ainda não foi determinada data para definição das comissões na Câmara.
Prefeito – Após ver Beto Pereira derrotado na disputa pela eleição, Marcondes garantiu que não viu a vitória de Tão como derrota, já que o novo presidente sumiu em seu palanque durante a campanha eleitoral. “Não me sinto derrotado, o que tem é que optei pelo Beto Pereira, num acordo já de 2014, quando definimos que se o Luizão e eu fossemos reeleitos, nós apoiaríamos o Beto. Quando você combina, você tem que honrar o que você fala”.
Sobre a composição da mesa e a divisão da Câmara em 9 votos a 8 contra a bancada governista, o prefeito frisou que espera por cooperação entre os poderes. “Não tenho problemas com a mesa. Essa é a situação. Não tem problema nenhum, tenho certeza que o Tão nos dará respaldo administrativo para continuar os trabalhos. Atendi todos, desde eleitos. Chamei todos, deixei a Prefeitura à disposição”.
