Três obras seguem paralisadas em Lorena por falta de repasse federal
Calçamento de bairros afastados e construção do Centro do Idoso continuam sem previsão de entrega
Lucas Barbosa
Lorena
Devido à demora de repasse federal, três obras que prometiam melhorar a vida de centenas de famílias em Lorena seguem paralisadas. Além da construção do Centro do Idoso, a suspensão da pavimentação do Jardim Novo Horizonte e Parque das Rodovias preocupa moradores que temem que as melhorias sejam esquecidas pelo Governo.
Após quase duas décadas cobrando o calçamento das ruas do Parque das Rodovias, o aposentado José Jair de Oliveira, 68 anos, viu as obras de pavimentação serem iniciadas em junho. Mas, pouco mais de um mês depois, as máquinas e operários ‘evaporaram’. O fato gerou revolta pelo bairro, que é um dos mais populosos do município, e colocou uma ‘interrogação’ na cabeça dos moradores da região sobre o futuro da obra. “Pelo que passaram pra gente, o governo não depositou na conta da Prefeitura o dinheiro que seria usado para calçar todo o Rodovias. Até agora, ninguém sabe quando que vão retomar o trabalho. Isso é muito triste, porque não aguentamos mais conviver com essa poeirada e lamaçal”, lamentou o aposentado.
De acordo com o secretário de Obras e Planejamento Urbano, Marcos Anjos, a pavimentação do Parque das Rodovias está orçada em R$ 1.460 milhões e o dinheiro é proveniente de emendas parlamentares, que saem do Ministério das Cidades. “A empresa contratada já havia iniciado o serviço, mas tivemos que suspendê-lo, pois a Prefeitura necessita deste repasse para pagar a empresa. Quero deixar claro, que o Executivo já fez todo o possível e agora nos resta somente esperar a sinalização do Governo Federal”.
No Jardim Novo Horizonte, a pavimentação iniciada em junho está orçada em pouco mais de R$ 1 milhão e também aguarda o repasse do Ministério das Cidades. “Quatro emendas parlamentares que nos propiciaram a contar com este repasse, mas a situação é igual a do Parque das Rodovias. Sabemos da necessidade desta pavimentação, mas a Prefeitura não dispõem de recursos para retomar o serviço, ou seja, somos obrigados a aguardar a verba do Governo Federal”, explicou o secretário.
Centro do Idoso – O local, que promete ser referência na região, foi construído na Vila Hepacaré e, segundo Anjos, está com 95% da obra concluída. A cidade aguarda somente a apresentação de reprogramação por parte da Caixa Econômica Federal e o repasse do Ministério da Saúde, para a instalação da parte elétrica, pintura externa e fachada.
Medo – Segundo Anjos, a Prefeitura teme que o Governo Federal demore ainda mais para liberar os recursos ou até mesmo não faça. “Diante o atual panorama econômica do país, estamos presenciando cortes em todas áreas. Não sabemos quando a verba será liberada e isso nos causa desconforto, pois sabemos que estas três obras são muito importantes para a população”.
A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com o Governo Federal para discutir sobre o tema abordado na matéria, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.