Lorena retoma obras na Praça do Quartel e drenagens no Centro
Com investimento estadual de aproximadamente R$ 2 milhões, Prefeitura prevê entrega em até cinco meses
Rafaela Lourenço
Lorena
Após oito meses de paralisação, as obras da praça Rosendo Pereira Leite foram retomadas na última semana. Os trabalhos de drenagem na região central e a finalização do novo sistema viário estão inclusos. A previsão de conclusão é de cinco meses.
Com um investimento de R$ 1,995 milhão do governo do Estado, será finalizada a revitalização da praça com a troca do calçamento, instalação de um novo sistema de iluminação, bancos e lixeiras. Com o foco na mobilidade urbana e acessibilidade, o local contará com rampas de acesso e ciclofaixa. A reforma também contempla a modernização do sistema viário na região central, para garantir a segurança, conforto de circulação e estacionamento da população, desde os pedestres aos motoristas.
De acordo com a Prefeitura, além de 18.819 m² de recapeamento asfáltico das vias centrais, serão realizados serviços na rede de drenagem com 441 m de extensão, abordando trechos das ruas Dom Bosco, Marechal Mallet, avenida Capitão Messias Ribeiro até o ribeirão Taboão. A ação tem o objetivo de sanar os problemas de alagamentos e inundações na região, principalmente próximo ao Pronto Socorro Municipal, Santa Casa de Misericórdia de Lorena e AME (Ambulatório Médico de Especialidades), área prioritária para o prefeito Fábio Marcondes (sem partido).
A vencedora do processo licitatório e responsável pelas obras é a Luquip Terraplanagem, que terá cinco meses para concluí-las.
Atraso – Em abril, a Prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento sobre a paralisação das obras. Segundo o documento, a empresa contratada à época não cumpriu o cronograma pré-estabelecido no convênio mantido entre Estado e Município. “Consta no edital da licitação e no contrato firmado entre as partes, datado de 19/09/2018, que o contrato teria uma vigência de seis meses e um prazo de execução da obra de três meses, contado após a expedição da ordem de serviço (21/09/2018). No entanto, conforme relatado pela secretaria de Obras e Planejamento Urbano, que exercia o poder de fiscalização do contrato, verificou-se que mesmo havendo poucas intercorrências como chuvas e questões ambientais, a empresa teve desempenho muito abaixo do esperado, pois concluiu somente 22,8% do total da obra, enquanto deveria ter executado 100%” (trecho da nota).
O contrato foi encerrado em abril, e aberta uma nova licitação para dar continuidade aos trabalhos.
Pré-sal – Entre as melhorias inclusas no projeto do Executivo, que tentou a autorização da Câmara para firmar o empréstimo junto à Caixa Econômica Federal de R$ 10 milhões, estavam as drenagens de vias no Vila Passos, da avenida Papa João 23, da rua Pedro Américo, no Aterrado, parte do bairro Nova Lorena, Vila Nunes e pavimentação em bloquetes e drenagem na “Comunidade Pé Preto”.
A expectativa de Marcondes é utilizar parte dos R$ 2,026 milhões que devem chegar ao Município através dos royalties do pré-sal para concluí-las.
Segundo o chefe do Executivo, em setembro, a cidade teve uma queda de arrecadação de mais de R$ 4 milhões entre o Fundeb (Fundo Social de Desenvolvimento da Educação) e recursos federais e estaduais. “Me gerou um déficit maior. Espero que a arrecadação se normalize e eu cumpra o orçamento, que aí sim o dinheiro vai sobrar para fazermos o investimento, e vou trabalhar nesse dinheiro para fazer aquelas obras que faria com o financiamento dos R$ 10 milhões”.