Lorena aposta em nova abordagem para qualificar atendimento a moradores de rua
Equipe composta com médicos e psicólogos percorrem pontos críticos da cidade
Lucas Barbosa
Lorena
Para tentar oferecer uma melhora na qualidade vida a moradores de rua, a Prefeitura de Lorena iniciou na última segunda-feira o Serviço de Abordagem à População em Situação de Rua. Com uma equipe que conta com médicos e psicólogos, a secretaria de Assistência Social espera ‘resgatar’ homens e mulheres que abandonaram seus lares devido à dependência química.
Ao caminhar pelo Centro e pela região da rodoviária de Lorena, na Vila Hepacaré, chama a atenção o número pessoas que abordam pedestres para pedir algum tipo de ajuda, principalmente financeira.
Em agosto o Jornal Atos publicou uma reportagem que descrevia a tensão que passageiros da rodoviária enfrentavam diariamente devido ao grande fluxo de usuários de drogas que se concentrava no local. Na ocasião, a Prefeitura afirmou que a maioria dos pedintes tinha residência familiar, mas se ‘abrigaram’ em volta dos muros da rodoviária devido ao vício em drogas e álcool.
Equipes da Assistência Social realizaram uma série de visitas ao local para oferecer ajuda e buscar pistas que levassem a identificação da família dos indivíduos que estavam em situação de rua. Este ‘levantamento’ também foi realizado em outros pontos da cidade.
Em busca de qualificar o atendimento, a Prefeitura lançou nesta semana o Serviço de Abordagem à População em Situação de Rua, que vai permitir levar atendimento médico e social aos moradores de rua. A equipe, que conta com psicólogo, enfermeiro, assistente social, educador social, médico de referência e um guarda civil municipal percorreu na última segunda-feira diversos pontos do município, inclusive na rodoviária e Centro, para conhecer de perto a necessidade de cada pessoa que se encontra em situação de rua. “Ao todo temos 12 pessoas vivendo em situação de rua em Lorena. Essa ação, proveniente de uma parceria entre as secretarias de Assistência Social, Saúde e Segurança, intensificará nossos trabalhos e oferecerá avaliação médica e psicológica a todas pessoas em situação de rua’, explicou a secretária de Assistência Social, Zeila Pozzatti.
A secretária detalhou outros pontos da ação. “Este serviço de abordagem também encaminhará estes homens e mulheres para a Casa da Acolhida, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) além de internações hospitalares e comunidades terapêuticas para tratarem as pessoas que sofrem com a dependência química”.
Futuro – De acordo com Zeila o trabalho será continuo e se estenderá em todas as regiões do município. Nesta primeira semana de abordagem, a equipe percorreu os dois principais pontos críticos do município, um galpão abandonado no Bairro da Cruz, às margens da Rodovia Presidente Dutra, conhecido como ‘Galpão do Texaquinho’ e numa área próxima à rodoviária. Durante o trabalho os agentes levantaram informações sobre o histórico dos moradores de rua e até mesmo o endereço de familiares. “Tentaremos convencer estas pessoas a se tratarem e posteriormente voltarem aos braços de suas famílias. Cada caso é um caso, enquanto alguns precisam de tratamento contra a dependência química outros precisam simplesmente resolverem questões familiares. Já os que não possuem nenhum parente, agora estarão mais próximos de nossa secretaria e serão encorajados a procurarem mais o centro de saúde do município”, finalizou Zeila.