Lixo nas ruas fora do dia de coleta em Lorena prejudica cotidiano em bairros
Caroline Meyer
Lorena
A preocupação com lixo vai além da ampliação de estrutura para descarte e coleta. A Prefeitura busca aumentar a fiscalização e a conscientização sobre o despejo, na tentativa de evitar o acúmulo pela cidade. Nas ruas não é difícil flagrar quem não faz a separação correta do lixo e ainda coloca o material na rua, em dias que não há coleta.
A situação tem se repetido em regiões como a avenida Oswaldo Aranha, no Bairro da Cruz, onde é comum encontrar sacos de lixos revirados e material reciclável misturado a dejetos orgânicos, como confirmou a moradora de um condomínio próximo. “Nossa lixeira fica cheia, mas tem muita gente de fora que deixa o lixo lá, principalmente aos domingos”, contou Leny Leal, de 74 anos.
Ela não consegue ver uma solução para o problema, que incomoda muitos vizinhos. Para a aposentada, que trabalhou por trinta anos como secretária executiva em uma empresa em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, colocar outra lixeira no prédio, como seu marido havia sugerido só aumentaria o problema. “Porque assim haveria mais espaço para outras pessoas colocare-m o seu lixo”, explicou.
Já Sônia Baruque, outra moradora do mesmo condomínio, acredita que a coleta poderia ser ampliada. “Se o lixeiro passasse todos os dias, não daria tempo para acumular”, opinou a ex-funcionária pública de 58 anos.
A coleta de lixo nos bairros é realizada pelo sistema de rodízio. Na região do Bairro da Cruz e da Nova Lorena, locais nos quais as lixeiras estavam cheias mesmo em dias que não havia coleta, o serviço passa às segundas, quartas e sexta-feiras, com coleta diurna na avenida Oswaldo Aranha a partir das 6h.
No bairro da Nova Lorena, o recolhimento é vespertino e noturno, com início a partir das 16h. A lista completa com os dias e horários em que cada bairro é atendido pode ser encontrada no site da Prefeitura, no link lorena.sp.gov.br/wordpress/index.php/horario-de-coleta-de-lixo.
As moradoras também garantiram que separam os materiais orgânicos dos recicláveis “tenho duas lixeiras grandes na cozinha, em que separo cascas de legumes e frutas dos plásticos e papelões”, contou Leny.
Outros materiais como lâmpadas e pilhas também são separados e guardados para dar o descarte correto, já que a cidade conta com um ecoponto que voltou a funcionar na praça Marechal Mallet (leia nesta página). “Mas um só ecoponto para atender a cidade inteira é muito pouco. Duvido que uma pessoa que mora lá no Novo Horizonte vai vir até o Centro só para jogarem as lâmpadas e pilhas no lugar correto” protestou Sônia.