CDHU entrega 42 casas populares a famílias de Lorena e Cachoeira Paulista

Moradores beneficiados pela entrega parcial residiam em áreas de preservação permanente ou de risco; Estado espera novos grupos habitacionais para 2022

Entrega parcial das casas da CDHU no município de Cachoeira; ação atendeu 42 famílias (Foto: Gabriel Mota)

Gabriel Mota
RMVale

Após longo período de espera, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) entregou casas populares a 42 famílias de Lorena e Cachoeira Paulista na última quinta-feira (2). Os prefeitos Sylvio Ballerini (PSDB) e Antônio Carlos Mineiro (MDB) receberam o secretário executivo de Estado da Habitação, Fernando Marangoni e representantes da CDHU.

Além das casas, as famílias com renda de até três salários mínimos receberam um kit de eletrodomésticos composto por uma geladeira, um micro-ondas, um fogão e um chuveiro já instalado.

Os beneficiados foram determinados por meio de uma ação do Ministério Público pelo fato de residirem em áreas de preservação permanente ou de risco.

A diarista Patrícia Helena Alves, 39 anos, que vive com o esposo e dois filhos, recebeu uma das vinte casas, no bairro São José, em Cachoeira Paulista. Há 15 anos, a família passou por uma tragédia que matou o filho do casal de apenas três anos, por soterramento, durante um temporal na casa em que moravam no bairro Turma 26.
“Eu perdi meu filho e minha casa e estou esperando há 15 anos esse milagre. Quando chove lá, a gente nem dorme lembrando do que aconteceu”, relatou Patrícia. “Hoje eu nem consegui dormir direito porque eu não estava nem acreditando no que está acontecendo na minha vida”, comemorou.

Uma das 22 pessoas contempladas com as casas no Vila Rica em Lorena, a doméstica Lizabete Carvalho, 43 anos, divide uma casa com os três filhos e relatou que só saiu do antigo endereço, às margens do rio Mandi, por conta da decisão judicial.
“A gente fica um pouco triste porque foi criada lá. A gente veio para cá porque está demolindo lá. Os filhos também não queriam sair de lá. Eu moro lá há mais de trinta anos, mas tem que vir né. Precisando vir, a gente vem”, ponderou Lizabete.

Sobre a demolição das casas, o prefeito de Lorena, Sylvio Ballerini, reiterou que é uma ação judicial e afirmou que está em contato com o Ministério Público para verificar quem deve realizar a derrubada dos imóveis.

Os residenciais de Lorena e Cachoeira Paulista aguardam ainda a conclusão de outras 58 e 60 unidades, respectivamente. Mineiro e Ballerini manifestaram o interesse na criação de novas residências pela CDHU, porém, o foco do órgão neste momento é a entrega das demais casas nos municípios.

Fernando Marangoni acredita que ainda no primeiro semestre de 2022 as entregas já tenham sido feitas. “Em Lorena, a gente entrega até final de janeiro, primeira quinzena de fevereiro e em Cachoeira Paulista, a gente termina até maio. Então até maio nós temos essas duas obras concluídas 100%”.

A construção das casas populares em Lorena ocorre desde 2014, enquanto em Cachoeira Paulista, as obras tiveram início em 2009.

Guaratinguetá – Segundo Marangoni, a regularização do bairro Chácaras Agrícolas e a entrega das casas do Santa Luzia estão em fase final e a expectativa é de que esses processos sejam concluídos até o primeiro semestre de 2022.

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