Câmara debate ampliação de atividades essenciais em Lorena
Em primeira discussão, vereadores aprovam medida por unanimidade; ação pode beneficiar até 17 categorias
Rafaela Lourenço
Lorena
A Câmara de Lorena aprovou em primeira discussão, um projeto que amplia as atividades essenciais no município, durante a pandemia da Covid-19. De autoria do vereador Maurinho Fradique (MDB), a proposta tenta garantir o respaldo jurídico para 17 novas categorias atuarem na cidade durante fases mais restritivas do Plano São Paulo.
Apesar das classificações de flexibilização limitarem os serviços autorizados a funcionarem em cada etapa, o projeto, aprovado por unanimidade na sessão realizada na última segunda-feira (15), institui como essenciais em Lorena, as atividades: academias, comércio varejista, bares e restaurantes, salões de beleza, cabeleireiros, barbearias, manicures, shoppings e praças de alimentação, escritórios e empresas no segmento da advocacia, contábil, imobiliário, corretagem de seguro e empresas de tecnologia, esporte de alto rendimento que disputem campeonatos nacionais, estaduais e internacionais e o poder Legislativo.
Na justificativa, Fradique frisou que os comerciantes não são os responsáveis pelo índice de contaminação pelo novo coronavírus na cidade e citou uma reunião realizada na Acial (Associação Comercial Industrial Autônomos de Lorena), na última semana, com representantes de atividades inclusas na proposta que reivindicaram mais segurança e apoio para os trabalhos no município. “Hoje temos uma programação de vacinação, que acreditamos no mais tardar no final do ano toda a população estará vacinada e imune com relação a doença covid-19. Por esse motivo entendemos que nada mais justo do que amparar essas atividades, através de lei, pra que se amanhã ou depois o Governo do Estado retroagir por um motivo ou outro avanço da fase vermelha nós teremos um amparo legal”.
A vereadora Wanessa Andrea (Cidadania) , também utilizou a tribuna para defender o projeto argumentando sobre o atual cenário ser diferente de um ano atrás, início da pandemia. Segundo a parlamentar, hoje a população já sabe o que e como enfrentar, se referindo aos protocolos sanitários obrigatórios para conter a disseminação da doença. “Esse projeto não vai só ajudar os comerciantes, a economia do nosso município, como também assegura o Executivo a flexibilizar frente caso entrarmos de novo na fase vermelha”, salientou.
O Governo do Estado, que estipula como essenciais na etapa vermelha, atividades como hospitais, farmácias, padarias e supermercados destacou que “Todos os protocolos sanitários e de segurança para os setores econômicos devem ser cumpridos com rigor. Prefeituras que se recusam a seguir as normas estabelecidas pelo Governo do Estado ficam sujeitas a sanções judiciais”.
A segunda votação do projeto será realizada nesta segunda (22).
Manifestação – Assim como em Cruzeiro, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Ubatuba, parte dos comerciantes de Lorena foram protestar nas ruas da cidade pela reabertura das atividades. No município, uma carreata percorreu bairros como Vila Celeste e Centro, no dia 26 de janeiro, período em que a RMVale estava classificada na etapa vermelha do Plano São Paulo.