Câmara aprova reajuste salarial de 5% para servidores municipais de Lorena

Emenda de Elcinho é rejeitada por inconstitucionalidade; projeto é aprovado de forma unânime

Os vereadores da base do prefeito participam do programa Atos no Rádio, onde rebateram acusações do vereador Elcio Vieira Junior; projeto garantiu reajuste de 5% após emenda inconstitucional ser barrada (Foto: Rafaela  Lourenço)
Vereadores da base participam do programa Atos no Rádio, nos estúdios do Jornal Atos, onde rebateram acusações do vereador Elcio Vieira Junior; projeto garantiu reajuste de 5% após emenda inconstitucional ser barrada na Câmara (Foto: Rafaela Lourenço)

Da Redação
Lorena

Em sessão marcada por mais um embate entre base governista e oposição, a Câmara de Lorena aprovou por unanimidade, na última segunda-feira, o projeto do Executivo que concede um reajuste salarial de 5% para os servidores municipais. A apresentação de uma emenda do vereador Élcio Vieira Junior, o Elcinho (PV), e que acabou rejeitada, causou polêmica entre os parlamentares.

De acordo com a Prefeitura, o índice de reajuste foi baseado nos números do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que apresentou uma inflação acumulada de 4,69%, e no IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) que registrou 5,38% nos últimos 12 meses. Após estabelecer a média de 5%, a proposta foi encaminhada para a apreciação do Legislativo.

Momentos antes da aprovação do projeto, Elcinho apresentou uma emenda que sugeria que o reajuste fosse de 10%. A proposta acabou rejeitada por 9 votos à 7, após os votos de Bruno Camargo (PSDB), Bruno Ribeiro, o Bruninho (PPS), Beto Pereira (DEM), Cleber Maravilha (PRB), Fábio Matos (PC do B), Luiz Francisco de Lima, o Luizão (PSDB), Samuel de Melo (PTB), Wander da Silva, o Wandinho (PSDB) e Washington Batista, o Washington da Saúde (PPS).

Após a votação, uma postagem nas redes sociais sugeria que os vereadores contrários à emenda de Elcinho, estavam prejudicando e indo contra a classe dos servidores municipais. Respondendo a acusação do grupo de internautas, os nove parlamentares emitiram, na última quarta-feira uma nota de esclarecimento que justifica a decisão.

Além de ressaltar que o reajuste de 5% foi baseado nos números do INPC e IGPM, a nota enfatiza que a Câmara não votou um projeto que tinha como finalidade, mas sim que a proposta encaminhada era a de revisão geral anual dos salários dos servidores municipais. Os parlamentares também lembraram que o percentual de reajuste já estava previsto na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2017.

Na manhã da última quarta-feira, os vereadores Bruno Camargo, Bruninho, Cleber Maravilha, Fábio Matos, Samuel, Wandinho e Washington da Saúde participaram do programa Atos no Rádio, quando comentaram a votação e as acusações feitas na internet.

Para Samuel, a emenda apresentada por Elcinho e os ataques feitos nas redes sociais fazem parte de uma manobra política. “Nós sabemos que ele (Elcinho) faz esse jogo político, tentando colocar nós contra a população. A emenda que ele apresentou é inconstitucional, já que a Lei Orgânica do Município estabelece que somente o prefeito pode criar projetos de lei que causam impacto financeiro ao Município”.

Wandinho também criticou a postura de Elcinho e ressaltou que de forma alguma os parlamentares tentaram prejudicar os servidores. “Este vereador (Elcinho) participou das decisões da Prefeitura entre 2008 e 2012 e em momento algum tentou melhorar a situação dos servidores, que neste período recebiam sempre os seus salários atrasados e em datas distintas. Em relação as postagens na internet, fica evidente que tem um grupo de pessoas interessadas em denegrir a nossa imagem através de postagens mentirosas”.

O Jornal Atos tentou entrar em contato com o vereador Élcio Vieira Junior, mas até o fechamento desta edição ele não foi localizado para comentar o caso.

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