Após desistência de construtora, Lorena planeja retomada de construção do CDHU do Vila Rica

Nova empresa tem R$ 3,3 milhões para concluir moradias; expectativa é que obra seja retomada ainda no primeiro semestre

O conjunto habitacional no Vila Rica, que será retomado com novo investimento da Prefeitura (Foto: Lucas Barbosa)
O conjunto habitacional no Vila Rica, que será retomado com novo investimento da Prefeitura (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Após mais de um ano paralisada, a Prefeitura de Lorena revelou na última segunda-feira que a obra de construção do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) do Vila Rica, será retomada no primeiro semestre do ano. As moradias serão destinadas a oitenta famílias que moram em áreas de risco.

No início de 2009, Lorena firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público comprometendo-se a tomar uma série de medidas para retirar diversas famílias que viviam em áreas de risco próximas ao Rio Mandi, principalmente no trecho do Bairro da Cruz. Mas a antiga gestão municipal, comandada pelo ex-prefeito Paulo Nome (PTB), acabou descumprindo o acordo.

Ao assumir o município em 2012, a nova gestão realizou um levantamento de áreas de risco, que apontou as oitenta famílias com maior necessidade de serem relocadas. Para viabilizar a ação, o Executivo firmou uma parceria com o Governo do Estado, que garantiu em 2014 o início da construção do CDHU, em uma área doada pelo Município no Vila Rica. O investimento total para a construção das moradias foi orçado em quase R$ 5,5 milhões e a Alexandre Danelli Engenharia e Construções foi a empresa vencedora do processo licitatório.

Depois de quase um ano de construção, a empresa, alegando problemas financeiros, acabou pedindo o cancelamento do contrato no final de 2015. Desde então, a obra segue paralisada e os comtemplados no processo aguardam a resolução do impasse.

Durante entrevista ao Atos no Rádio, no último dia 17, o prefeito Fábio Marcondes (PSDB) contou que um novo processo licitatório foi aberto início do mês e a previsão é que o nome da vencedora seja anunciado até o fim desta semana.

O secretário de Obras e Planejamento Urbano, Marcos Anjos, revelou o orçamento e prazos que a construtora terá para entregar a obra. “A nova empresa contratada contará com R$ 3,3 milhões para concluir o serviço. Nossa expectativa é que a construção das oitenta moradias seja concluída até o final do ano. Essa é uma obra prioritária em nosso cronograma e que certamente vai melhorar consideravelmente a qualidade de vida das famílias comtempladas”.

Efeito Colateral – A Prefeitura informou ainda que analisará caso a caso a situação das oitenta famílias que haviam sido selecionadas para receber as casas do CDHU no Vila Rica. A medida será tomada devido ao fato de que alguns moradores estariam vendendo ou alugando os imóveis para terceiros. Caso seja verificado que algum dos comtemplados tenha ascendido economicamente desde o último levantamento e que não necessita contar com o imóvel no CDHU, ele poderá ser retirado da lista de beneficiados.

A reportagem do Jornal Atos percorreu, na manhã da última terça-feira, um trecho do Bairro da Cruz, mais conhecido como Beco do Rio, que conta com duas casas apontadas pelo levantamento como em situação de risco e que os proprietários haviam sido selecionados para adquirir um imóvel no Vila Rica.

Após os moradores não atenderam o chamado da reportagem, vizinhos, que pediram para não serem identificados, informaram que os verdadeiros donos dos imóveis acabaram os alugando para outras duas famílias.

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