Vereador de Guará recebe ameaça na volta das sessões
João Pita apresenta carta com mensagem de ataques anônimos na tribuna; documento é entregue à polícia
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
O vereador João Pita (PSB) usou a tribuna da Câmara de Guaratinguetá, no retorno do recesso parlamentar, para denunciar uma ameaça que teria recebido através de uma carta.
O documento foi entregue em seu gabinete na última quinta-feira, não tinha remetente e teria sido deixado pelos Correios. O manuscrito citava, além de Pita, o prefeito e vice-prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva e Régis Yasumura, ambos do PSB.
Pita mostrou o documento durante a explicação pessoal, no fim da sessão de Câmara. Em entrevista após o discurso, ele revelou que a carta foi entregue pelos Correios e que continha fotos e ameaças, além do trio político, à sua família.
“Fotos do prefeito e vice-prefeito de Guaratinguetá, da minha esposa e da minha família. Fiquei preocupado. Essa ameaça de morte foi feita, inclusive, pelo jeito que voto alguns projetos na Câmara, insinuando que se eu continuasse desse jeito alguma coisa de ruim poderia me acontecer”, detalhou.
Com receio do decorrer da história, o vereador confirmou que vai encaminhar o documento para análise, para que as autoridades tentem descobrir quem é o autor das ameaças através da caligrafia. Em seu quarto mandato, Pita revelou que pela primeira vez se sentiu ameaçado e que atitudes como essa preocupam e são dignas de pena.
“Eu deverei fazer um registro na Polícia Militar. Mas, vou ver ainda, porque se a gente levar para frente, pode ser que a pessoa fique mais louca e venha querer tirar a minha vida”, desabafou.
Em alguns trechos do documento, o autor cita que tanto o vereador como os chefes do Executivo são “mascarados, covardes e omissos”. Na carta, o discurso atribui a Pita a responsabilidade pelo não desenvolvimento de Guaratinguetá e que ele “vem prejudicando a população”, de acordo com suas votações.
Pita deve abrir um boletim de ocorrência e o documento deverá ser entregue para perícia. Como não havia remetente na correspondência, se torna mais difícil chegar até o autor.