Críticos ao sindicato, servidores questionam plano de cargos e salários em Guaratinguetá

Grupo se reuniu e decidiu por mobilização independente para pedir explicações sobre mudanças nos pagamentos

Servidores se reúnem no plenário da Câmara de Guaratinguetá para cobrar informações sobre o Plano de Carreira, durante sessão na quinta (Foto: Leandro Oliveira)
Servidores se reúnem no plenário da Câmara de Guaratinguetá para cobrar informações sobre o Plano de Carreira, durante sessão na quinta (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Cerca de cinquenta servidores municipais de Guaratinguetá foram à sessão de Câmara da última quinta-feira para pedir informações sobre o Plano de Cargos e Salários, que está sendo finalizado pela Prefeitura. O grupo se reuniu por conta própria.

Ao fim da manifestação, os servidores conseguiram agendar uma reunião aberta para a próxima quarta-feira, na própria Câmara Municipal, para discutir com os vereadores o que poderá ser ajustado no documento. Nesta semana os parlamentares debateram os ajustes com os representantes da Prefeitura.

Desde que o Tribunal de Justiça determinou a extinção das vantagens provisórias, os servidores têm acompanhado a discussão sobre a conclusão do plano de cargos e salários com apreensão. Os trabalhadores preferiram ir até à Câmara para checar de perto o que tem sido tratado.

Maria Xavier trabalha na fiscalização tributária. Ela avaliou a discussão na Câmara como positiva, cobrou explicações referentes ao plano e criticou a postura do Sisemug (Sindicato dos Servidores Municipais). “Se essa informação tivesse sido dada pelo Sindicato, que é o nosso representante, nós teríamos feito o movimento na porta do Judiciário. Não é só a prefeitura que é culpada, muito pelo contrário, ela vem nos defendendo. E o Sindicato está aí, parado. Vê se tem algum representante do Sindicato aqui hoje? Não tem. Só os servidores”, contou.

Durante a sessão ordinária, o motorista da Prefeitura, Sérgio Ferraz, que fazia parte do grupo de servidores presente, solicitou uma reunião para a próxima semana com o presidente da Casa. “Hoje, o que parece é que não temos a respeito de valores. Não sabemos se vamos pegar um piso regional, estadual ou nacional. O que nós queremos é isso, ter acesso a essa informação para saber se condiz com a nossa situação financeira hoje”, explicou.

O pedido feito por Sérgio e pelos demais servidores foi aceito por Celão. “Vamos abrir um diálogo com os servidores”, iniciou. “Vou solicitar ao prefeito para que ele aguarde a realização da sessão entre a presidência da Câmara e os servidores municipais”, concluiu.

Ainda sem constar no site oficial da Câmara e na agenda dos vereadores, a reunião marcada entre os vereadores e os servidores já está agendada para a próxima quarta-feira, às 19h.

O presidente do Sisemug, José Eduardo Ayres, foi procurado pela reportagem para responder sobre a atuação do Sindicato e o depoimento da servidora, mas não foi encontrado até o fechamento desta edição.

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