Reunião entre Soliva e João Telê reaproxima Guará da cidade

Prefeito eleito conversou sobre condições para receber o clube e pediu que Telê deixe cargo de treinador

O proprietário do Guaratinguetá, João Telê, que busca apoio da próxima administração municipal para voltar a mandar jogos no Dario Rodrigues Leite (Foto: Arquivo Atos)
O proprietário do Guaratinguetá, João Telê, que busca apoio da próxima administração municipal para voltar a mandar jogos no Dario Rodrigues Leite (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Uma reunião na última terça-feira entre a direção do Guaratinguetá e Marcus Soliva (PSB), prefeito eleito, estreitou os laços entre o clube-empresa e a cidade. Aberto a investir no esporte municipal, Soliva garantiu que quer o time jogando em Guará em 2017. Mas entre as exigências do futuro chefe do Executivo estaria o pedido a João Telê para que ele atue apenas como dirigente do time, e não mais como técnico.

Soliva e Telê se encontraram na manhã da última terça-feira. O primeiro contato entre eles foi descrito como positivo por ambos. No início do diálogo, Soliva questionou se estava conversando com o dirigente ou treinador, já que João Telê acumula as duas funções. Na sequência, o novo prefeito fez um pedido a Telê. “Eu não vejo futuro em um time onde o empresário e diretor tem que ser o técnico. A torcida não confia mais em você como técnico”, contou.

Segundo Soliva, a resposta de João Telê foi positiva para a recomendação. O empresário da bola prometeu que vai atuar apenas como dirigente e que teria perdido muito dinheiro nos últimos anos. Telê também colocou em pauta as necessidades do clube. De acordo com ele, o Guaratinguetá precisa da liberação do estádio Dario Rodrigues Leite para os jogos de 2017 e de um campo para treinar na cidade.

Atualmente, o clube-empresa acumula uma dívida que chega a R$ 300 mil com a Prefeitura. No início do ano, João Telê culpou o atual secretário de esportes, Gustavo Mathidios, e o prefeito Francisco Carlos (PSDB) pela saída da equipe. Na época o prefeito e o secretário responderam que o dirigente sequer esteve na cidade para negociar a dívida ou solicitar a utilização do estádio.

Prefeito eleito, Marcus Soliva, que analisa projeto do Guaratinguetá (Foto: Arquivo Atos)
Prefeito eleito, Marcus Soliva, que analisa projeto do Guaratinguetá (Foto: Arquivo Atos)

Com isso, o clube mandou os jogos das Séries A-3 do Paulista e C do Campeonato Brasileiro em diferentes regiões do estado. “Eu deixei aberto que é possível fazer uma negociação desse valor. Mas ele (Telê) precisa querer negociar com o Executivo para pagar essa dívida e ter o estádio para jogar. Não vejo o Dario Rodrigues Leite como local para treinos constantes. Um treino por semana seria o ideal, para preservar o gramado, mas temos outros campos para treino, como Chico Vaz e Fazendinha. Podemos ceder esses espaços, já que são públicos e não gerariam custos para a Prefeitura”, explicou Soliva.

João Telê garantiu que quer o time jogando em Guaratinguetá e fará o que for preciso para isso. Ele contou ainda que trabalha com dois nomes para compôr a equipe administrativa. Sobre o novo treinador, João Telê não revelou quem deverá comandar o clube.

Enquanto o Guaratinguetá tenta retornar à cidade, a Esportiva segue buscando sua refiliação junto à Federação Paulista de Futebol. O clube está inativo do futebol profissional desde 1998. Há mais um ano, um grupo de empresários e investidores tenta refiliar o clube. Uma reunião entre os membros desse grupo e Marcus Soliva está marcada para o próximo dia 30.

“Preciso conhecer física e juridicamente esses empresários, através de apresentação de CPF e CNPJ para saber com quem nós estamos lidando. Se não tiver empresários para investir na Esportiva, não adianta, porque vamos viver com essa falta de investimento pois eles não tem nem os R$ 800 mil para pagar a filiação. Quando a taxa for paga e apresentarem uma estrutura, nossa prioridade será a Esportiva. Enquanto isso, preciso conhecer quais são as pessoas que estão por trás disso”, enfatizou Soliva.

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