Prefeitura e permissionários discutem obras do Mercadão

Trabalhadores pedem paralisação do projeto de modernização e se reúnem com prefeito; comerciantes temem prejuízo com tempo de reforma

O Mercado Municipal de Guaratinguetá, que passa por reformas; obra que paralisa trabalho de comerciantes gera receio de permissionários (Foto: Leandro Oliveira)
O Mercado Municipal de Guaratinguetá, que passa por reformas; obra que paralisa trabalho de comerciantes gera receio de permissionários (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Marcus Soliva (PSB) mal assumiu a Prefeitura de Guaratinguetá e já enfrenta uma série de problemas deixados pela antiga gestão. Logo no primeiro dia de trabalho (2), o prefeito foi comunicado sobre as reformas da fase 1 do Mercado Municipal, que teriam início no mesmo dia. Os permissionários e donos de bancas do Mercadão pediram intervenção do Executivo para não terem seus trabalhos prejudicados.

Quem passa em frente ao mercado vê um informativo sobre o início das obras da fase 1. O cartaz aponta que o investimento de pouco mais de R$ 700 mil será aplicado nas obras que deveriam ter começado no dia 12 do mês passado e tem um prazo de três meses.

Dentro do Mercadão, o clima é de apreensão. Os permissionários, trabalhadores que têm permissão para comercializar dentro do centro comercial, não sabem o que vai acontecer com eles durante as reformas. O maior temor dos comerciantes é perder suas principais fontes de renda. Eles foram questionados pela reportagem sobre a situação, mas preferiram manter o silêncio.

Contaram que foram comunicados, no último dia 2, que deveriam fechar seus pontos e retirar seus itens e materiais de trabalho do espaço.

Ainda de acordo com os comerciantes, eles teriam sido avisados por funcionários da empresa vencedora do certame licitatório, já que as obras seriam iniciadas.

Desde então os permissionários estão em contato com a Prefeitura. Eles querem que o projeto de revitalização e modernização do Mercado seja paralisado. Para os trabalhadores, apesar do prédio não ser tombado historicamente, é um monumento histórico e tradicional de Guaratinguetá e sua estrutura deve ser preservada.

O prefeito se reuniu com os permissionários na última segunda-feira. Os trabalhadores contaram que a conversa foi produtiva e acreditam que, pela postura de Soliva, existe a possibilidade de paralisação do projeto. Se isso não for possível, eles se mudarão temporariamente para um outro espaço (ainda não revelado).

A Prefeitura foi procurada para responder sobre a situação. Em nota, a assessoria de imprensa respondeu que “a Prefeitura de Guaratinguetá informou que ainda estão sendo definidos todos os detalhes referentes à obra do Mercado Municipal. Houve já uma reunião entre os representantes da Prefeitura e da empresa que vai executar a obra, e o objetivo é gerar o menor transtorno possível aos permissionários do mercado. Em breve teremos mais informações”.

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