Mesmo com 238 assassinatos, região registra queda de 23% de casos

Roubos também tiveram redução em levantamento do Estado; Lorena segue como a mais violenta na sub-região 3

Polícia Civil e Militar tentam reduzir o alto índice de violência no Vale do Paraíba; região segue no topo do índice estadual (Foto: Divulgação)
Polícia Civil e Militar tentam reduzir o alto índice de violência no Vale do Paraíba; região segue no topo do índice estadual (Foto: Divulgação)

Lucas Barbosa
Regional

Área mais violenta do interior do estado, a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) registrou, de janeiro a setembro, uma queda de 23% no número de homicídios dolosos (quando existe a intenção de matar), comparado ao mesmo período do ano passado. Com 19 assassinatos, Lorena lidera o número de casos na sub-região 3, que conta com outras oito cidades.

De acordo com o levantamento divulgado pela secretaria de Segurança Pública do Estado, na última semana, 238 pessoas foram assassinadas na região nos primeiros nove meses do ano. Em 2016, o número de vítimas foi de 308.

Os dados também revelaram uma queda de 37% de casos de homicídios em setembro, que teve 25 ocorrências, em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando quarenta pessoas tiveram suas vidas ceifadas pela violência. Assim como os homicídios, o indicador de roubos reduziu. Enquanto no ano passado foram contabilizados 1.003 casos, em 2017 o número chegou a 738.

O levantamento apontou novamente Lorena, que teve 19 homicídios, como a cidade mais violenta da sub-região 3 da RMVale, com uma média de mais de dois homicídios por mês. O índice representa um crescimento mínimo comparado aos nove primeiros meses do ano passado, quando 18 moradores foram mortos.

Na sequência, aparece Guaratinguetá com 16 registros. Na contramão da cidade vizinha, Guará não teve nenhum assassinato em setembro.

Fechando o “Pódio da Morte”, aparece Cruzeiro com oito ocorrências.

Já as demais cidades da sub-região 3 obtiveram os seguintes números de casos: Cruzeiro (8), Potim (5), Cunha (3), Aparecida (2), Canas (2), Roseira (2) Piquete (2) e Cachoeira Paulista (1).

Integrante da sub-região 2 da RMVale, Pindamonhangaba registrou, de janeiro a setembro, 12 homicídios, metade dos casos contabilizados no mesmo período de 2016.

Segurança – Em nota oficial, o 23° BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior) informou que enxerga os índices com preocupação e vem buscando unir esforços com outros órgãos a fim de minimizar essa questão. A PM observou ainda que a maioria das vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas.

Perguntada sobre os possíveis motivos que contribuíram para que Lorena se mante-se como a cidade com mais assassinatos da sub-região 3, a Corporação explicou que “para sabermos os fatores de forma mais acertada seria necessário um estudo cientifico de natureza multidisciplinar a fim de verificarmos as causas de Lorena seguir na liderança desses índices”.

 

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