Lorena e Guará seguem em estado de alerta para nova epidemia de dengue

Novo resultado de avaliação apresenta alto índice de larvas encontradas nas residências das duas cidades

Flagrante de grande quantidade de larvas em rua no Parque das Rodovias; Lorena intensifica campanha (Foto: Francisco Assis)
Flagrante de grande quantidade de larvas em rua no Parque das Rodovias; Lorena intensifica campanha (Foto: Francisco Assis)

Rafaela Lourenço
Regional

As precauções para exterminar os criadouros do Aedes aegypti devem ser intensificadas na região, principalmente por parte da população. Após os resultados da segunda ADL (Avaliação de Densidade Larvária) do ano, Lorena e Guaratinguetá seguem em estado de alerta para o risco de uma nova epidemia de dengue, chikungunya e zika vírus.

Em Lorena, a equipe de Controle de Vetores passou por cerca de mil imóveis para traçar um mapa atualizado do índice de infestação. A busca ativa foi concluída na última semana e o resultado foi de 6,4%, índice acima do estipulado pelo Ministério da Saúde como de baixo risco de epidemia.

Até 1% dos imóveis com a presença de larvas do mosquito é considerado um índice satisfatório. De 1% até 3,9% é considerado um índice intermediário e de alerta com possibilidade de risco para uma nova epidemia, já acima de 3,9% é considerado um índice de alto risco, com grande possibilidade de epidemia. “Foi um resultado surpreendente por não estarmos num período de chuvas. Precisamos da ajuda da população, pois 85% das larvas foram encontradas no interior dos imóveis”, destacou o educador de Saúde de Lorena, David Quadros.

Com o resultado da segunda avaliação, Guaratinguetá atingiu um índice negativo ainda maior do que Lorena, chegando aos 11,9%. De acordo com o veterinário da Vigilância Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses do município, Felipe Guedes, os locais que foram realizadas as atividades são sorteados pelo sistema, de forma aleatória, e contemplaram cerca de 1,2 mil imóveis. Entre os bairros que tiveram maior incidência de focos de criadouro estão Vila Bela, Jardim do Vale, Engenheiro Neiva e Clube dos 500.

Guedes afirmou ainda que nesta avaliação, realizada em abril, os locais que mais detectaram as larvas foram no ralo externo, com 26%, seguido por pneu 16%, lata e frasco plástico 14%, balde e regador 14%, e prato de plantas 6%. “Mesmo com índices elevados de vetor, até a data de hoje não temos casos positivos de dengue, Zika e chikungunya no município”, frisou.

A próxima avaliação será realizada em julho, em Guaratinguetá;  em Lorena, em setembro ou outubro, segundo Quadros.

A participação da população no combate ao Aedes aegypti é primordial neste período mais seco, em que o mosquito também se reproduz.

Além dos pratos de plantas, caixas d’água e ralos, os cuidados devem ser tomados com os bebedouros dos animais domésticos, bromélias, calhas e fontes de jardim.

Em casos de denúncia, a população pode entrar em contato direto com a Vigilância Epidemiológica de cada município; em Lorena pelo telefone (12) 3159-3300, ou pessoalmente, à rua Benedito Marcondes de Moura Sobrinho, nº 38, no Centro. Em Guaratinguetá, pelos canais da ouvidoria municipal ou pessoalmente à rua João Lourenço Rodrigues, no Centro da cidade.

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