Guaratinguetá recebe Festival da Diversidade Cultural

Evento, que vive sua 5ª edição, abre espaço a músicos, poetas, escritores, pintores e atletas locais

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Guaratinguetá será palco da 5ª edição do Festival da Diversidade Cultural. Entre os dias 7 e 16 de agosto, a cidade será palco de apresentações de mais de 350 participantes entre músicos, poetas, escritores, pintores e atletas locais.

O Festival de 2015 presta homenagem ao Padre Peixoto, pintor, escritor e poeta. A abertura desta edição será nesta sexta-feira, com um sarau, às 19h30, na secretaria de Cultura da cidade, na Rua Sete de Setembro.

Valorizar os artistas da região, resgatar a cultura local e promover eventos culturais são as missões do Festival da Diversidade Cultural. O evento tem como característica levar a todas as esferas culturais atrações locais totalmente gratuitas. Entre os destaques estão esportes como a capoeira e a ginástica rítmica, apresentações musicais ao vivo com samba, hip hop, jazz e rock, além de literatura, dança, artes plásticas, teatro, coral e uma apresentação da Banda Sinfônica da Aeronáutica.

Nas primeiras quatro edições, o Festival não teve apoio municipal, mas para este ano, o evento contará com auxílio da secretaria de Cultura da cidade. Segundo Ernesto Quissak, do grupo Aliança Cultural, que organiza o evento, esta edição sacramenta o resultado positivo obtido com a ideia e realização do Festival. “Esse ano é diferente. A gente já mostrou a que veio. São quatro anos seguidos produzindo esse festival no peito e na raça, porque ninguém ganha nada para fazer, a gente faz por amor a arte. Somos operadores de cultura”, contou. “A secretaria de Cultura está nos apoiando na parte estrutural, porque são centenas de artistas. Eles precisam comer, beber água, serem transportados, os instrumentos precisam ser levados de caminhão”, explicou.

Novo momento da cultura de Guaratinguetá – Guará passou a ter uma secretaria de Cultura neste ano. Até 2014, a cidade tinha um departamento cultural. A cidade também conta com um Conselho Cultural, presidido por Ernesto Quissak, que conta com 31 conselheiros dos mais diversos segmentos culturais.

Quissak relembra o momento áureo da cidade e lamenta a lacuna das últimas décadas. “Guará já teve ótimos momentos na vida cultural, quando o teatro ainda existia. Quando a cidade era um centro de cultura, vinham orquestras sinfônicas do Rio de Janeiro, de São Paulo e grandes escritores. Mas isso foi se perdendo há algum tempo, não só em Guará, mas no Brasil todo”.

Sobre o presente da cidade, ele vê com bons olhos a aproximação dos mais experientes e dos mais jovens na busca pelo fortalecimento da identidade cultural de Guaratinguetá. “Acho que está havendo um resgate de tudo isso, do que nos é possível resgatar, junto com a valorização dos novos talentos, das novas ideias e das novas mentalidades que existem aí”, contou. “Tem tanta manifestação cultural, linguagens novas pelas quais a cultura se manifesta e todas são válidas e importantes. Então essa releitura da história da cultura de Guará, esse resgate da nossa história cultural e a valorização dos novos talentos e das novas formas culturais são fundamentais para recolocar Guará no lugar que ela não devia ter saído, como Atenas do Vale”, concluiu.

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