Famílias de Guará querem volta de transporte escolar na rede estadual

Problemas com horários de linha do TUG prejudicam alunos e mudança gera manifestação para retomada

Estudantes utilizam ônibus do TUG, após fim de contrato; famílias protestam (Foto: Arquivo Atos)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

Alunos da rede estadual de ensino, em Guaratinguetá podem, desde o último dia 1, utilizar o vale estudantil no TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá). A medida é uma tentativa de garantir o serviço a estudantes, mas é foco de críticas por situações como o horário das linhas.

A mudança foi alvo de reclamações de pais por meio das redes sociais e na Câmara, após o anuncio em abril às escolas e estudantes e foi motivada por uma resolução da secretaria estadual da Educação, que prevê que o transporte público seja oferecido, preferencialmente, mediante a bilhetagem eletrônica ou passe escolar. O fretamento escolar feito pela empresa Utile Transportes Ltda, vigorou até o dia 31 de maio.

Um grupo de mães foi até a Câmara, reivindicar ajuda dos vereadores durante a sessão. Uma delas foi a doméstica, Reginalda Aparecida Souza Brigida, de 40 anos, que tem um filho de 17 anos cursando o terceiro ano do ensino médio na escola Costa Braga, que fica no Pedregulho.

Moradora do bairro da Colônia, ela destacou que os horários do TUG não coincidem com o dos estudantes. “Estou aqui hoje para pedir melhoria pelos alunos do Costa Braga. O primeiro horário é o das 5h. O ônibus passa perto de casa por volta das 5h20. Para poder levar o meu filho (até o ponto de ônibus), eu ando um certo pedaço ainda. Com isso, ele vai chegar na escola 5h50 e as aulas começam às 7h”, explicou.

A mãe ressalta que as famílias querem que melhorem o horário das linhas ou que volte o ônibus que estava levando os alunos. “Do jeito que está não dá para as mães”.

Outra mãe que estava presente na Casa é a doméstica, Ana Maria Bernardino Vieira, de 45 anos. Ela tem um filho de 15 anos, cursando o primeiro ano ensino médio, também na escola Costa Braga. Ana Maria é moradora do Jardim Esperança e relatou que na região onde mora, os horários do ônibus também não encaixam com o da escola. “O nosso problema é a condução. Não temos o horário que ‘bate’ para as crianças chegarem na escola. Elas vão ter que descer no Fórum para andarem até o Costa Braga. E na hora de ir embora, não tem ônibus no horário também. Então, por que mexer? Nós estávamos tranquilos com a terceirizada. A terceirizada estava deixando na porta da escola e deixando mais próximo de casa”, contou.

O assunto foi tema de requerimento de autoria do vereador Arilson Santos (PSC), que solicitou que o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, e o dirigente Regional de Ensino da Região de Guaratinguetá, Cândido Santos, sejam notificados para fornecer informações sobre as ações tomadas após o término do contrato com a Utile. Na última semana, um novo requerimento, desta vez de autoria do presidente Pedro Sannini (PSC), também questionou a situação.

A Prefeitura comunicou que realizou uma alteração no itinerário do ônibus a partir do dia 1, apenas para as linhas L24 Jardim do Vale via FEG/Fórum e L25 Jardim do Vale via Ponte Dr. Zerbini, que a partir desta alteração faz uma extensão no trajeto até a praça 13 de Maio (próxima à Câmara). Segundo o Executivo, o objetivo é facilitar o acesso de estudantes e demais usuários a região do Costa Braga.

O Jornal Atos tentou contato com a Diretoria Regional de Ensino de Guaratinguetá que alegou uma agenda de visitas técnicas, o que impossibilitaria uma entrevista. Até o fechamento desta matéria não houve retorno do órgão à redação.

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