Entulhos ‘esquecidos’ pela Prefeitura causam transtornos a moradores de Guaratinguetá

População teme proliferação de mosquito da dengue e escorpiões

Entulho de demolições realizadas pela prefeitura no mês de junho causam transtorno aos moradores (Lucas Barbosa)
Entulho de demolições realizadas pela prefeitura no mês de junho causam transtorno aos moradores (Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

 

Quatro meses após a Prefeitura de Guaratinguetá demolir dezenas de casas construídas em área de risco, diversos terrenos seguem tomados pelos entulhos. Revoltados, moradores temem que o acúmulo de materiais sirva de criadouro para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, no município.
Em junho, a Defesa Civil iniciou a demolição de aproximadamente 500 moradias construídas em área de risco, às margens do Rio Paraíba. Os proprietários dos imoveis demolidos, localizados no Jardim do Vale, Nova Guará, Santa Rita e Beira Rio II foram contemplados com casas no Residencial Santa Mônica.
Na rua Eufrásio Fernandes, no trecho da  Nova Guará, diversos terrenos estão tomados pelos entulhos, provenientes da demolição das construções. Moradores afirmaram que sentem medo dos entulhos e materiais que estavam dentro das casas, tornem-se criadouros do mosquito Aedes Aegypti. “Isso aqui é uma verdadeira palhaçada da Prefeitura. Não consigo entender o critério deles, já que tem terrenos vizinhos que foram limpos e outros não. Todo mundo sabe que Guaratinguetá tem sofrido o ano inteiro com a dengue, e a Prefeitura vai e deixa esse ‘parque de diversões’ para o mosquito procriar”, criticou a costureira  Ivone da Cruz, 71 anos.
A moradora revelou os tipos de recipientes que estão ‘à disposição’ das larvas do mosquito. “Tem embalagem de iogurte, pedaço de privada, brinquedo, louça, tampa de refrigerante e peça da parte elétrica e hidráulica. Será que é tão difícil o prefeito Francisco Carlos (PSDB) levantar da cadeira e mandar o ‘serviço municipal’ vir aqui tirar o entulho?”, contestou.
O pintor Reginaldo Amparo, 48 anos, afirmou que os moradores da região estão sofrendo com o aparecimento de outros ‘visitantes indesejados’. “Teve vizinho que achou até escorpião nessa montanha de entulho. Na minha casa nunca tinha aparecido rato, mas depois que derrubaram as casas, quase toda semana aparece. Tenho netos e morro de medo deles pegarem dengue ou essas outras doenças que o mosquito transmite”.
Resposta –  A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento da Prefeitura diante a reclamação, mas não recebeu resposta foi até o fechamento desta edição.

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