Empresa recém-contratada deixa Santa Casa de Cruzeiro por falta de pagamento

Crise no hospital coloca em risco atendimento a pacientes da região; secretaria de Saúde estaria atendendo em caráter emergencial

A entrada principal do Pronto Socorro, que embora de portas abertas, não garante atendimento médico (Francisco Assis)
A entrada principal do Pronto Socorro, que embora de portas abertas, não garante atendimento médico (Francisco Assis)

Da Redação
Cruzeiro

 

Na semana em que a população de Cruzeiro encaminhou ao Ministério Público um pedido de investigação nos repasses da Prefeitura à Santa Casa, o atendimento ao paciente da cidade sofreu mais uma duro golpe. A OS (Organização Social de Saúde) Cadesp (Centro de Apoio ao Desenvolvimento da Saúde Pública) decidiu abandonar o gerenciamento do hospital por falta de pagamento.
Contratado em novembro, o Cadesp teria assinado um acordo de três meses para gerenciar o atendimento da Santa Casa (que passa por intervenção), Pronto Socorro e postos da rede pública de saúde. O grupo substituiu a Cisne, que deixou o atendimento com dívida a receber.
Mas 15 dias após o acerto, a OS anunciou que rescindiria o contrato emergencial de R$ 1,6 milhão mensais, que estaria com pagamentos em atraso por parte da Prefeitura.
O serviço de atendimento aos pacientes como Pronto Atendimento da Vila Paulo Romeu, o Pronto Socorro da Santa Casa, os transportes de pacientes e exames estão sendo realizados e custeados pela equipe da secretaria de Saúde.
Investigação – Um grupo de moradores entregou na última segunda-feira à Promotoria de Guaratinguetá um abaixo-assinado pedindo investigação do Ministério Público e da Polícia Federal sobre os repasses da Prefeitura, e uma perícia no hospital, que tem dívida superior a R$ 22 milhões.
De acordo com o documento, que já contaria com 1.500 assinaturas, a Prefeitura e a Santa Casa estariam escondendo dados referentes aos repasses.
O grupo pede a abertura de inquérito no contrato com a OS que acaba de deixar o atendimento, investigação do MP na secretaria de Saúde e na Santa Casa, para apuração de eventuais desvios; da Policia Federal nos órgãos e entidades envolvidos, e perícia contábil.

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