Caso de mãe que matou e enterrou menino choca Cruzeiro

Espancamento e assassinato de criança gera comoção e revolta na cidade; laudo do IML contradiz versão apresentada pelo casal e defesa à polícia

Criança morta pela mãe (foto) e padrasto; casal enterrou menino (Foto: Reprodução)
Criança morta pela mãe (foto) e padrasto; casal enterrou menino (Foto: Reprodução)

Lucas Barbosa
Cruzeiro

Com a suspeita de ter sido espancado até a morte pela própria mãe e o padrasto no último dia 18, o corpo do pequeno João Pedro Ribeiro, 3 anos, foi sepultado na manhã da última segunda-feira no Cemitério Municipal de Cruzeiro.

Além de homicídio doloso (quando existe a intenção de matar), o casal deverá responder pelo crime de ocultação de cadáver, já que enterrou a vítima em um matagal no bairro Km 4.

Marcado por comoção e revolta, o enterro de João Pedro contou principalmente com as presenças de familiares do pai da criança e moradores do Vila Brasil, bairro onde o menino morava com a mãe, de 22 anos, e o padrasto, de 23 anos.

De acordo com a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), no último dia 19, familiares do pai do menino compartilham a foto de João Pedro pela rede social Fecebook, denunciando o desaparecimento da criança.

Ao desconfiar da atitude da mãe em não registrar um boletim de ocorrência sobre sumiço do menino, a Polícia Civil se deslocou até a casa da família no último domingo.

Após demonstrar nervosismo com a presença dos policiais, o casal foi encaminhado ao 2° Distrito Policial de Cruzeiro.
Durante o interrogatório, a mãe e o padrasto confessaram que João Pedro havia morrido no último dia 18 e que haviam enterrado o seu corpo em um matagal localizado na avenida Florindo Antico, no bairro Km 4.

Em depoimento, a jovem afirmou que o filho estava com virose e chegou a dar algumas “palmadas” nele. A acusada negou que o ato levou a morte da criança. Ela confessou ainda que decidiu enterrar o corpo porque ficou assustada com a morte repentina do filho.

Na sequência, a moradora do Vila Brasil indicou aos policiais o local em que o cadáver foi enterrado.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) revelou que o corpo de João Pedro apresentava diversas fraturas e ferimentos na região da cabeça, pernas e braços.

O padrasto, que possuía antecedentes criminais por furto e roubo, foi considerado cúmplice do crime. O casal permanece preso à espera de decisão judicial.

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