Câmara aprova reajuste de servidores em meio ao confronto entre Prefeitura e Sindicato
Após votação de 7,5%, sindicalistas apresentam novas denúncias contra Rafic
Da Redação
Cruzeiro
Tema de uma das várias crises político/administrativas em Cruzeiro, o impasse entre o Sindicato dos Servidores e o prefeito Rafic Simão (PMDB) continua, mas o valor do reajuste que acendeu o pavio foi definido nesta semana, na aprovação dos 7,5% na Câmara.
A discussão que chegou a deflagrar uma greve municipal em maio passou por dois valores, o primeiro, de 6,4%, elevados a 7,3%, o que não convenceu os sindicalistas, que cobraram 11,54%.
De acordo com Rafic, o município não possuía condições de arcar com um reajuste maior que os 7,3% empregados na proposta. “Tenho uma pesquisa que aponta que a cidade tem o maior índice de benefícios da região (Cruzeiro oferece R$ 200 atualmente em Vale Alimentação). A arrecadação registrou queda nos primeiros meses do ano (33% somente no IPTU)”.
Já o presidente do Sindicato, Gilmar de Abreu, questionou o prefeito, garantindo que o Tribunal de Contas apontou que há condições de arcar com o aumento.
O debate foi parar na justiça e, nesta semana chegou à Câmara, que votou o projeto de reajuste, aprovado por unanimidade, com emenda do vereador Marco Aurélio Siqueira (PR), que estabelece que “nenhum salário base dos Servidores será menor que o salário mínimo nacional vigente”.
Com a aprovação do projeto, o reajuste será de 7,5%, sendo que 2% incidirão a partir de fevereiro, 3% a partir de maio e 2,5% a partir de setembro. O vale-alimentação passará a ser de R$ 215, incidindo a partir de julho.
O resultado não agradou Gilmar de Abreu. Ele disse que o projeto está fora do que foi acordado entre sindicato e Prefeitura na justiça.
A fala do presidente foi repassada aos vereadores Diego Miranda (PSDB), Antônio Tavares (PTC), Thales Gabriel Fonseca (PCdoB) e Juarez Juvêncio dos Santos (PSB), que participaram de uma reunião nesta quarta-feira com sindicalistas.
Além do reajuste, os servidores apresentaram aos vereadores denúncias, ainda informais, contra o prefeito.