Após três dias de paralisação Amsted e Sindicato entram em acordo

Semana ficou marcada por greve de mais de mil funcionários de uma das maiores empregadoras de Cruzeiro

Funcionários durante a assembleia realizada em frente a Maxion; greve teve fim nesta quinta-feira (Foto: Divulgação )
Funcionários durante a assembleia realizada em frente a Maxion; greve teve fim nesta quinta-feira (Foto: Colaboração Fabíola Simões)

Rafael Rodrigues
Cruzeiro

Foram três dias de paralisação até o desfecho das negociações entre 1,1 mil funcionários e a AmstedMaxion, empresa especializada em fundição e equipamentos ferroviários em Cruzeiro. Os trabalhadores pararam as atividades na madrugada da última segunda-feira, exigindo um valor maior da PLR (Participação de Lucros e Resultados).

Na manhã da última quinta-feira, foi oficializado o fim das manifestações e divulgado o acordo entre empresa e funcionários. De acordo com a nota emitida pela assessoria de imprensa da Amsted, a entidade aceitou em assembleia o valor de R$ 2 mil.

Ainda de acordo com as informações da empresa, na noite de quarta-feira, foram apresentadas para o Sindicato e a comissão de funcionários, as dificuldades financeiras para reajustar os valores e, por isso, não poderia superar os R$ 2 mil oferecidos.

A única exigência que foi alterada, segundo a empresa, é com relação aos valores das parcelas. A primeira será paga no próximo dia 21, no valor de R$ 1,6 mil e a segunda, de R$ 400 em janeiro do ano que vem.

No início da semana, o sindicato que representa a categoria havia informado que a AmstedMaxion ofereceu R$ 1 mil de PRL e que a reinvindicação seria de R$ 4 mil.

O presidente do sindicato, Jacy Cleber Mendes, demonstrou insatisfação com o fim das negociações. Segundo ele, os funcionários também não mostraram contentamento com o valor estabelecido no diálogo, mas acabou aceitando as condições apresentadas pela empresa.

Mendes disse que os metalúrgicos aceitaram a proposta e retornaram ao trabalho pois ficaram com “medo”. “Ao decorrer da greve, a empresa pressionou os trabalhadores para voltar dizendo que não receberiam o vale e que já havia uma lista com duzentos nomes para demissão. Cerca de 35 chefes ficavam na porta olhando para o trabalhador, coagindo e jogando pesado para que eles voltassem, além de ligar para a residência dos trabalhadores”, contou. “Os funcionários ficaram com medo e começaram a pular muro, entrar no porta malas de carro e, com isso, decidimos pôr fim a paralisação”.

Além do valor de R$ 2 mil referente a PLR, a empresa também garantiu seis meses de estabilidade de emprego e salários a todos os 1,1 mil funcionários da empresa.

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