Canas garante apoio estadual de R$ 186,6 mil para conter alagamentos
Município celebra convênio para estudo de macrodrenagem; ação tenta reforçar sistema, hoje ineficaz para a captação de águas
Lucas Barbosa
Canas
Buscando uma solução para evitar enchentes e alagamentos em Canas, a Prefeitura firmou na última quarta-feira (5) um convênio com o Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para a elaboração de um plano técnico de macrodrenagem no município. Orçado em pouco mais de R$ 190 mil, o estudo pretende apontar ações e obras que possam impedir novos transtornos na cidade.
Historicamente, o período do Verão, marcado pelas fortes chuvas, traz grande acúmulo de água nas principais vias da região central de Canas, como as ruas Isalino e Homero Ortiz Marcondes, e também em bairros mais afastados, como o São João.
Um dos exemplos na história recente da cidade aconteceu em 18 de janeiro de 2016, quando o Jornal Atos publicou uma matéria mostrando o desespero de oito famílias do Centro que tiveram suas casas inundadas após um temporal. Na ocasião, parte dos moradores teve móveis e eletrodomésticos danificados.
Tentando solucionar os problemas do sistema de captação de águas pluviais (proveniente da chuva) e fluviais (oriunda de rios), o governo da prefeita Silvana Zanin (PDT), aposta em obras de macrodrenagem, capazes de evitarem alagamentos, enchentes, erosões e assoreamentos (acúmulo de resíduos no fundo de rios).
Primeiro passo para colocar a ação em prática, o Executivo celebrou um convênio com o Fehidro, órgão estadual de financiamento de programas na área de recursos hídricos, para angariar recursos para a contratação de uma empresa para a elaboração de um projeto técnico de macrodrenagem. Assim, a cidade obteve da Fehidro o apoio de R$ 186.649,24 e terá que desembolsar uma contrapartida municipal de apenas R$ 3.809,17. O diretor de Obras e Planejamento de Canas, Gabriel Nahime, ressaltou a urgência do estudo técnico e a realização de serviços de adequação. “Sabemos que atualmente o sistema de drenagem de Canas não é capaz de suprir as necessidades. Até o momento, a Prefeitura tem ‘resolvido’ as falhas de drenagem pontualmente, ou seja, sem uma visão macro do problema ou com qualquer base técnica, como estudos hidráulicos e hidrológicos, para a solução definitiva dessa situação”.
Nahime revelou ainda que a elaboração do plano deverá contar com estudos referentes a delimitação das bacias e sub-bacias, levantamento da base cadastral e topográfica, estudos hidráulicos e hidrológicos e identificação de medidas para evitar alagamentos e inundações. Já os meios hídricos, objetos de estudo do trabalho, serão os rios Paraíba do Sul e Canas, córrego do Tijuco Preto e o Ribeirão Caninhas.
Segundo a Prefeitura, foi aberto recentemente um processo licitatório para a contratação da empresa que será responsável pela elaboração do projeto de macrodrenagem. A expectativa municipal é que o estudo seja concluído em até três meses.