Zinha cobra prova de Claudinho após denúncia dos R$ 10 milhões

Ex-diretor financeiro da Santa Casa de Cachoeira nega recebimento de repasse nos valores apresentados na Câmara

João Pinto Barbosa, o Zinha, que lamentou o equívoco de Claudio Gaspar ao se referir aos valores repassados à Santa Casa, sem sequer comparecer pessoalmente ao local para se certificar da realidade (Arquivo Atos)
João Pinto Barbosa, o Zinha, que lamentou o equívoco de Claudio Gaspar ao se referir aos valores repassados à Santa Casa, sem sequer comparecer pessoalmente ao local para se certificar da realidade (Arquivo Atos)

Da Redação
Cachoeira Paulista

Um questionamento feito na tribuna quanto aos valores investidos na Santa Casa em 2015 gerou novo atrito entre Câmara e Prefeitura em Cachoeira Paulista. A informação projetada pelo vereador Claudio Gaspar, o Claudinho (PSB), de que o hospital teria recebido R$9 milhões foi contestada pelo ex-diretor da entidade, João Pinto Barbosa Filho, o Zinha, que cobra provas do parlamentar.
Zinha deixou o cargo no último dia 19, para ocupar as relações institucionais de políticas públicas na subprefeitura da região do Embaú, Quilombo, Embauzinho. Mas antes disso, ele voltou a ser alvo de acusações no Legislativo.
Durante sessão da Câmara, Gastar cobrou transparência da direção do hospital. O vereador pediu uma abertura de CEI (Comissão Especial de Inquérito), que acabou barrada pela base do governo (leia texto nesta página).
O assunto foi destacado pelo Jornal Atos, na coluna “Bastidores da Política” do último dia 20 e chamou a atenção do cenário político da cidade.
Na mira da oposição, Zinha ocupou a semana em que assumiu o cargo na subprefeitura não só com os primeiros atendimentos aos moradores da região, como também para cobrar de Gaspar comprovações sobre os valores apresentados no pedido de abertura da CEI.
“Queria saber de onde ele tirou essas informações. Não sou mais do PT, estou sem partido. De onde ele tirou esses R$ 10 milhões? Ele tem direito de fiscalizar e cobrar, mas nunca me mandou um requerimento, nunca foi até a gente questionar a situação da Santa Casa como os vereadores”, questionou Zinha, comparando a atuação de Claudinho com os vereadores Aurélio da Farmácia (PMN), Guilherme Marcondes (PSC), Carlinhos da Saúde (PR), Breno Anaya (PSC).
Zinha contou que o repasse para a saúde encaminhado para a cidade vai direto para a secretaria de Saúde, e em seguida vai para a Santa Casa. Ele (Claudinho) disse R$ 10 milhões. A Santa Casa fechou o ano com R$ 8.117.352,57, sendo que desse valor, R$2.622.622,36 foram para a Santa Casa. Eu demonstro futuramente onde estão essas despesas. A diferença volta à secretaria da Saúde, que é a gestora do atendimento”.
O diretor de relações institucionais da subprefeitura disse que os valores devem ser apresentados em breve pela Prefeitura, na prestação de contas. O cargo deixado por Zinha não havia sido ocupado até o fechamento desta edição.

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