Vereadora e Educação debatem implantação de professores mediadores em Cachoeira

Com 32 estagiários mediadores, cidade atende atualmente alunos de forma individualizada após avaliação multidisciplinar

Sala de aula da educação infantil; implementação de mediadores nas escolas é pauta na Câmara de Cachoeira (Foto: Arquivo Atos)

Gabriel Mota
Cachoeira Paulista

Aprovado na sessão de Câmara do último dia 18, o projeto de lei que “institui a política pública de incentivo ao acompanhamento especializado nas salas de aula” da rede municipal aos alunos com deficiências ou transtornos deve ser recebido pelo Executivo nos próximos dias. A secretaria de Educação vê o processo como complexo e deve se reunir com o Legislativo nos próximos dias para discutir o cenário de inclusão na cidade.

A proposta é de autoria da vereadora Adriana Vieira (PTB) e “consiste na possibilidade das escolas públicas da rede municipal de ensino de Cachoeira Paulista manterem professor mediador nas salas de aula que tiverem alunos com diagnóstico médico”. Entre as condições apontadas para o benefício, a deficiência mental, motora, física visual ou auditiva, transtorno de déficit de atenção ou do espectro autista que causem dependência.

Para ser considerado professor mediador, o profissional deve ser habilitado na área da educação inclusiva e trabalhar ao lado do professor titular em sala de aula para auxiliar os alunos.
“Devemos levar em consideração a lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que indica o direto ao acompanhante especializado na sala de aula. Vale ressaltar também a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que assegura o profissional de apoio escolar”, frisou Adriana Vieira.

A cidade atende hoje os alunos de forma específica. Segundo a secretária de Educação do município, Adelaide Godoy, cada caso é analisado isoladamente durante uma avaliação multidisciplinar que pode constatar ou não a necessidade de acompanhamento de um aluno com deficiência ou transtorno por um professor mediador.
“Não são todos os alunos que necessitam de mediador. Quem determina é uma equipe multidisciplinar” afirmou Adelaide. “Vários deles (alunos) já estão sendo atendidos. Hoje, nós temos 32 estagiários atendendo 32 crianças que possuem necessidade desse acompanhamento individualizado, além da atenção do próprio professor regente” concluiu a secretária, que confirmou ainda a expectativa de dobrar o número de estagiários por meio de processo seletivo ainda este ano.

De acordo com a secretária da Educação, o projeto ainda não chegou à secretaria para ser analisado, mas houve contato com a vereadora. As representantes do Executivo e do Legislativo devem se encontrar nos próximos dias para discutir sobre o cenário da educação inclusiva no município e traçar possibilidades acerca do assunto.

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