Thálita Barbosa é absolvida e CEI é arquivada em Cachoeira

Com seis votos, vereadora mantém o mandato após sessão marcada por ataques pessoais; denúncia focou assessor, que estaria fazendo propaganda do PT em setembro

Vereadora Thálita Barbosa; CEI é arquivada e o mandato continua após votação na Câmara de Cachoeira (Foto: Arquivo Atos)

Bruna Silva
Cachoeira Paulista

A Câmara de Cachoeira Paulista arquivou, nesta segunda-feira (12), a CEI (Comissão Especial de Inquérito) que poderia cassar o mandato da vereadora Thálita Barbosa (PT). Ela foi absolvida das acusações por improbidade administrativa e quebra de decoro, referentes a ações de um de seus assessores, e seguirá no Legislativo pelos próximos dois anos.

Segundo a acusação, Thálita teria cometido crime de improbidade administrativa quando o seu assessor, Luciano Lombardi, foi visto em uma praça do município fazendo campanha para os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Haddad (PT), supostamente durante o expediente da Casa, em setembro deste ano. Sob outra perspectiva, a defesa da parlamentar comprovou que o funcionário estava em horário de almoço quando foi visto “bandeirando” em favor dos políticos que disputavam as eleições gerais. Após o intervalo, assegurado em lei trabalhista, ele retornou às atividades em trabalho remoto.

Os dados foram avaliados pela comissão processante, que apontou para arquivamento das denúncias sobre Thálita. Antes da sessão extraordinária, ela se posicionou pelas redes sociais. Em vídeo, a jovem vereadora afirmou que, embora tivessem entrado com o pedido de cassação do mandato, não encontraram irregularidade nos atos.

Com o clima acalorado da votação, o vereador Max Barros (União) ressaltou o seu posicionamento, lembrando de casos passados, para citar a rejeição à parlamentar. “Quantas coisas. A vereadora Thálita falou que nós fomos pra Brasília com farra com dinheiro público. A vereadora Thálita pegou e xingou a gente em nossa tribuna, falando que os vereadores é (sic) isso, que os vereadores é (sic) aquilo. Então, vereadora, você está criando uma situação nessa casa, com todo o respeito, que os demais pares não gostam de você”.

Apesar das diversas acusações de cunho pessoal, os vereadores decidiram seguir o relatório e votaram pelo arquivamento da CEI e a manutenção do mandato da parlamentar, após duas votações: a primeira, por improbidade administrativa, com resultado de 6 votos a 6. Na segunda, por quebra de decoro, mudança para 7 a 5 pela rejeição do relatório. Para a cassação, eram necessários nove votos. Ou seja, o cargo foi mantido.

Em sua defesa, Thálita enfatizou que sofre perseguição política devido ao trabalho de fiscalização que está realizando. Ela enfatizou ainda que a real intenção daqueles que eram a favor CEI era de “desmobilizar e desmotivar um mandato popular eleito democraticamente”. “Estamos fazendo tudo que uma parlamentar deve fazer, ou seja, fiscalizar, promover debates nessa tribuna, buscar recursos através de emendas parlamentares”, salientou.

A votação também foi acompanhada por outros vereadores da região em demonstração de apoio político, como Herivelto Vela (PT) de Pindamonhangaba e Dandara Gissoni (PSD) de Caçapava, além da secretária estadual da Juventude do Partido dos Trabalhadores, Ligia Toneto.

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