Servidores de Cachoeira encerram greve após acordo com reajuste e vales
Audiência em Campinas destacou alta no benefício e aumento salarial a partir de janeiro; governo de Edson Mota não atendeu trabalhadores em três anos
Andréa Moroni
Cachoeira Paulista
A audiência judicial, realizada na última terça-feira (11), entre a Prefeitura de Cachoeira Paulista e o Sindicato dos Servidores Municipais no TRT 15° Região de Campinas acabou com a greve, que paralisou parte dos serviços municipais. Os funcionários estavam em paralisação, desde o último dia 6, com reivindicações como aumento salarial, reajuste do vale refeição, plano de carreira, melhores condições de trabalho e denúncia de casos de assédio moral.
O sindicato estava representado na audiência pela sua presidente Heloísa Hummel, enquanto o prefeito Antônio Carlos Mineiro (MDB), o secretário de Finanças Thales Satim e o secretário de Negócios Jurídicos, Tarcísio Martins, representavam o Município.
Sobre o vale-alimentação, a audiência indicou o que já era pautado pela Prefeitura, com R$ 250 a partir de janeiro. Quanto ao plano de carreira, será implementado conforme cronograma de trabalho, que será realizado em conjunto com o sindicato e a empresa já licitada para o trabalho. As referências serão implementadas em março de 2023.
“A audiência foi boa para todas as partes. Nós mostramos ao desembargador que o projeto do vale alimentação já está na Câmara para ser aprovado e entrará em vigor em 2025. Eu expliquei para o desembargador que a Prefeitura não tem dotação orçamentária para dar aumentos esse ano”, avaliou Mineiro.
Sobre o reajuste de 20%, após as explicações das partes, o desembargador determinou que fosse paga as recomposições dos anos de 2018/2019/2020, referentes à gestão anterior que não fez a correta correção no percentual de 13,95%, sem pagamento retroativo, mediante acordo entre Prefeitura e sindicato, em nova audiência que será realizada na próxima segunda-feira (17). “Na próxima audiência vamos bater o martelo pelo reajuste que entrará em vigor em 1 de janeiro de 2023”, contou o prefeito.
Foi demonstrado que a paralisação, ainda que parcial, de todo e qualquer serviço público, afeta direta e indiretamente a população que, após dois anos de medidas restritivas e de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, gradativamente vem retomando suas atividades normais e, por conseguinte, impulsionando a cadeia produtiva, essencial para o desenvolvimento de Cachoeira Paulista e de melhorias para os próprios servidores. Após a audiência, a paralisação foi encerrada e os dias parados não serão descontados.