Estado nega fechamento de escolas em Cachoeira

Diretoria Regional não tem previsão para reorganização escolar; boato mobilizou professores e alunos

Os vereadores de Cachoeira Paulista, durante debate sobre escolas na cidade; Estado nega fechamento (Foto: Rafaela Lourenço)
Os vereadores de Cachoeira Paulista, durante debate sobre escolas na cidade; Estado nega fechamento (Foto: Rafaela Lourenço)

Rafaela Lourenço
Cachoeira Paulista

Após especulações de possíveis fechamentos de três escolas estaduais em Cachoeira Paulista, a informação foi desmentida pela secretaria Estadual de Educação, na última quarta-feira.

O boato surgiu com uma informação da nova diretoria da escola estadual João Soares Bastos, que durante uma reunião no último dia 25 avisou aos profissionais da unidade que estaria à frente no cargo até dezembro, e que esta e as escolas estaduais Embaúzinho e Regina Pompeia Pinto seriam fechadas no próximo semestre.

Segundo a professora Ana Paula Boaventura, os funcionários não procuraram a Diretoria Regional de Ensino, que tem sede em Guaratinguetá, para apurar a veracidade das informações por falta de confiança nos dirigentes. “Todo mundo ficou pasmado. Não falamos lá porque toda vez que tentamos, eles dizem que não estão sabendo que nada, e infelizmente a gente acredita que só com o poder político para resolver este caso, porque já argumentamos que a escola está crescendo, ampliando devagarinho, mas da parte deles é sempre essa negativa. Parece que eles sempre tentam abafar. Não querem deixar a gente crescer”, contou.

Os próprios alunos, mobilizados com a notícia, fizeram um abaixo-assinado que percorreu outras escolas, casas e comércio local. Num total, durante dois dias eles conseguiram 242 assinaturas. “A gente só recebeu a informação que ia fechar a escola, mas nenhuma justificativa. Aí nós conversamos certinho, fizemos o abaixo-assinado e um documento para o dirigente, mas ele não nos atendeu”, comentou a coordenadora de comunicação do grêmio estudantil, Bianca Ribeiro, de 15 anos.

O documento foi apresentado na última terça-feira na Câmara solicitando a intervenção da Casa, com o apoio dos vereadores, em reverter a suposta situação. Ainda sem saber da veracidade dos fatos, o presidente da Câmara, vereador Breno Anaya (PRB) revelou que os parlamentares devem redigir documentos para serem encaminhados à Diretoria de Ensino em Guaratinguetá, e para a secretaria estadual de Educação. “Em Guará, vamos ir pessoalmente para ver se o dirigente Tarso (Wilson de Tarso Gonçalves Araújo) nos recebe, e ver de fato o que está acontecendo, se é verdade ou um mero boato”.

A vice-diretora da escola do Embaúzinho, Wanda Maris Ferreira, também ressaltou a preocupação com a escola que está à frente há mais de 15 anos. “Fico preocupada sim porque a localidade é de frente para as casas. Eles (alunos) ficam perto de suas famílias, é mais seguro. A escola mais próxima da nossa, está mais de cinco quilômetros, e ainda pega uma rodovia”, salientou Wanda.

Preocupação que teve fim na última quarta-feira com a negação do Estado sobre os supostos fechamentos. Em entrevista à reportagem do Jornal Atos, o supervisor de Ensino da Diretoria de Guaratinguetá, Claudiney Bastos, negou o fechamento. “Essas informações não procedem. A demanda é atendida de acordo com a solicitação da escola. E como vem sendo feito em anos anteriores, os alunos estão e continuarão sendo atendidos. Não há nenhuma previsão referente a isso. Essa não é uma informação procedente”, concluiu.

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