Santa Casa de Cachoeira demite 24 funcionários

Hospital, que tem setor de internação fechado, dispensa trabalhadores e aumenta crise na saúde

Da Redação
Cachoeira Paulista

O anúncio da demissão na Santa Casa de Cachoeira Paulista deu mais um passo na crise da saúde na região. O hospital, que mantém apenas o Pronto Socorro, dispensou 24 funcionários (números revelados até o fechamento desta edição) e aumentou a interrogação sobre o atendimento na cidade.

Alvo de críticas entre pacientes e de discussões políticas, a Santa Casa de Misericórdia São José é mais um capítulo do caos que tomou conta dos hospitais pelo País.

Atualmente, apenas o PS segue em funcionamento, já que outros setores como a internação foi fechado por determinação do Ministério Público, que apontou irregularidades em laudo da DRS (Departamento Regional de Saúde).

Serviços como raio-X e laboratório foram mantidos e os 180 funcionários realocados. Mas nesta semana, a decisão de dispensar 24 trabalhadores redefiniu o sistema de atendimento no hospital.

Na quinta-feira (24) dez pessoas foram demitidas, seguidas de outras 14, nesta sexta-feira (25).

Os problemas com os funcionários ganharam força em julho, quando atrasos no pagamento e dificuldades com aparelhos levaram os trabalhadores a procurar o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, que chegou a promover uma manifestação, que acabou não atraindo um grande público. “Na tentativa que tivemos de uma assembleia e manifestação para cobrar os direitos e estabilidade, apenas quatro pessoas compareceram. Estamos à espera das pessoas que foram demitidas, para saber se querem a ajuda do sindicato, mas até agora, apenas um funcionário nos procurou”, contou o diretor da unidade de Lorena do sindicato (que também responde por Cachoeira), Martinho Santos.

Em julho, apesar dos problemas, os funcionários decidiram não iniciar greve, entrando com ações judiciais para reverter a situação, que além de atrasos em salários e benefícios, cobram ainda o pagamento de direitos como o Fundo de Garantia.

De acordo com o sindicalista, o órgão só pode entrar com novas ações se forem procurados pelos trabalhadores. “Antes, eles não entraram em greve por medo de demissões, mas agora as demissões aconteceram. São várias irregularidades, inclusive agora, porque nos foi repassado que não se cumpriu aviso prévio. Então a contratante tem até dez dias para fazer o pagamento”.

O sindicato disse que ainda aguarda o posicionamento da Santa Casa, até mesmo para informar oficialmente quantos funcionários foram demitidos.

Outro lado – Procurada mais uma vez pela reportagem, a diretoria do hospital não atendeu o Jornal Atos para comentar o assunto.

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