População aponta falhas na saúde de Cachoeira Paulista

Santa Casa fechada e atendimento deficitário nos postos foram criticados durante enquete 

Ambulância aguarda paciente em estado grave a ser transportado para Hospital Regional de Taubaté (Foto: Arquivo Atos)
Ambulância aguarda paciente em estado grave a ser transportado para Hospital Regional de Taubaté (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Cachoeira Paulista

A saúde de Cachoeira Paulista não foge à regra quando o assunto é crise político/administrativa.

Assim como outras cidades da região, o município, de pouco mais que trinta mil habitantes, enfrenta dificuldades no atendimento da rede municipal, que acabou agravado pelo fechamento da Santa Casa, em maio.

Há 64 dias fechado, o setor de internação do hospital ainda não tem previsão para o retorno do atendimento. O serviço foi paralisado devido a irregularidades apontadas em laudo da DRS (Departamento Regional de Saúde).

Apenas o Pronto Atendimento é mantido, onde o paciente é atendido até 72 horas. Após isso é transferido para Guaratinguetá.

A crise na Santa Casa foi alvo de denúncias e protestos, devido à falta de estrutura e déficit do atendimento. Além do hospital, a rede pública, formada por postos do ESF (Estratégia Saúde da Família) e UBS (Unidades Básicas de Saúde) também enfrenta dificuldades.

Para evitar uma crise ainda maior no atendimento, a Prefeitura vem realizando obras de estruturação nos postos e renovando os equipamentos utilizados no atendimento.

Para saber se a população está satisfeita com o serviço, a reportagem do Jornal Atos foi às ruas de Cachoeira Paulista ouvir quem precisa do atendimento.

Você está satisfeito com a saúde pública de Cachoeira?

Edna Maria Ferreira Alves (9)
Edna Maria Ferreira Alves, 67 anos, professora aposentada, moradora do Centro. “A Santa Casa não pode ficar interditada. Essa nova gestão que está trabalhando lá e fazendo de tudo, estão dando o sangue pra arrumar aquilo ali. E quando começou a arrumar, acabaram interditando tudo. A população está sofrendo com isso. É um absurdo o que fizeram porque não temos outro hospital”.
Eduardo Henrique Freire (22)
Eduardo Henrique Freire, 43 anos, autônomo, morador do São João. “Eu não uso a saúde pública de Cachoeira, mas todos meus amigos contam que está bastante precária. Quando eles procuram o Pronto-Socorro e a Santa Casa, dizem que faltam médicos e até mesmo remédios. Reclamam do atendimento e que a farmácia também não está funcionando direito”.
Geovania Vieira (1)
Geovania Vieira, 50 anos, dona de casa, moradora da Vila Cacarro. “A única coisa que tenho para reclamar é o setor de ortopedia. Minha filha, de apenas 14 anos, precisa e não tem. O melhor daqui são os atendimentos nas unidades básicas, não podemos reclamar deste setor, que percebo estar funcionando normalmente, mas na Santa Casa as coisas não estão bem”.
Graziele Cristina da Silva (13)
Graziele Cristina da Silva, 29 anos, dona de casa, moradora do Embauzinho. “Aqui é péssimo. Precisamos de mais médicos. Tenho que vir até o Pronto-Socorro para buscar atendimento para o meu filho. Chegamos ao hospital e alguns médicos não atendem bem. Esses dias tive dengue e o médico disse que era resfriado forte. Deu uma benzetacil e me mandou embora”.
Maria da Graça de Castro (13)
Maria da Graça de Castro, 66 anos, aposentada, moradora Alto da Igreja. “Deu uma melhorada nas unidades de saúde. No ano passado não tinha nem médicos nos postinhos, mas acho que falta um especialista na área de acupuntura, que é simples. A Santa Casa, metade está fechada, e isso prejudica os moradores. As pessoas estão se deslocando para Lorena”.
Nelson Carvalho Mendes (18)
Nelson Carvalho Mendes, 73 anos, motorista, morador do Jardim da Fonte. “O ruim é que a Santa Casa de Cachoeira está parada. Daí fica tudo mais difícil. Pra mim isso dificulta, porque sofro de pressão alta. Sempre estou precisando de atendimento e não encontro. Infelizmente, já não sei mais a quem recorrer, cada um dos políticos conta uma história e nós ficamos na dúvida”.
Sônia Regina de Alcântara (1)
Sônia Regina de Alcântara, 59 anos, dona de casa, moradora do Jardim da Fonte. “A saúde está precária e cada dia fica pior. Faltam médicos e o hospital é precário. Se você vai na Santa Casa com pressão alta e com diabetes alta você fica o dia inteiro no hospital para ser atendido. Quando não consigo atendimento depois da espera, vou embora ou procuro o posto da Canção Nova”.
Virginia Maria de Souza (4)
Virgínia Maria de Sousa, 46 anos, doméstica, moradora Chácara do Moinho. “A saúde está uma porcaria! Não tem médico e nem nada. Eu sempre procuro o Pronto-Socorro e os postinhos e não tem atendimento, e quando tem, falta o remédio. Minha consulta demorou mais de um mês para ser realizada. Sofremos bastante com isso, pois tenho pressão alta a coisa complica”.
Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?