Mota promete reabertura de centro cirúrgico até final de janeiro

Reativação de serviço fechado há quase três anos é uma das apostas para obter recursos para a saúde de Cachoeira

Pacientes aguardam atendimento na Santa Casa de Cachoeira; expectativa para retorno de cirurgias ainda em janeiro (Foto: Arquivo Atos)
Pacientes aguardam atendimento na Santa Casa de Cachoeira; expectativa para retorno de cirurgias ainda em janeiro (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista

Na primeira semana à frente de Cachoeira Paulista, a nova gestão, comandada por Edson Mota (PR), anunciou na última quarta-feira que foi iniciado um processo de restruturação da Santa Casa. A medida promete garantir que o centro cirúrgico, fechado há quase três anos, seja reaberto até o final do mês.

O processo é visto como uma das alternativas para aumentar a arrecadação do hospital, afundado em dívidas.

Durante a cerimonia de posse, realizada na manhã do último domingo, Mota afirmou que a recuperação da Santa Casa é uma das prioridades de seu Plano de Governo. O chefe do Executivo revelou ainda que devido às falhas administrativas e processuais da antiga gestão, não foi possível durante o período de transição descobrir o valor total da dívida do hospital. Além da má gestão, processos trabalhistas e dívidas com fornecedores são apontados como os principais fatores que levaram a saúde financeira do hospital à crise que prejudica o atendimento.

Para reverter este quadro, Mota aposta no recebimento de emendas parlamentares, que devem ser encaminhadas ainda no primeiro semestre.

Outra saída para melhorar o atendimento é a contratação de uma organização de saúde, que atuará de forma compartilhada com o Município na administração do setor da saúde. “Durante a campanha, o povo me contava que não aguenta mais chegar na Santa Casa e não conseguir atendimento. Farei o possível para que ao invés das cidades vizinhas, nossos moradores usem aqui, o centro cirúrgico e a maternidade o mais breve possível. Isso vai gerar receita que nos ajudará a amenizar a dívida do hospital”, ressaltou o prefeito durante sua posse.

Na manhã da última quarta-feira, a Prefeitura anunciou que a expectativa é que o centro cirúrgico, fechado desde fevereiro de 2014, seja reaberto até o fim do mês. O local foi fechado pela Vigilância Sanitária Estadual após uma vistoria que encontrou problemas estruturais no setor.

O novo secretário de Saúde, Guilherme Marcondes, que no último mandato foi presidente da Câmara, e um dos principais oposicionistas ao ex-prefeito João Luiz Ramos (PSB), comentou sobre o desafio de tentar sanar a crise do hospital. “A saúde em geral, tanto na parte da Santa Casa quanto na dos postos de saúde, vive uma situação crônica que requer muita atenção do prefeito, que nos deu total apoio e liberdade para tomar todas as medidas saneadoras necessárias”.

Funcionários – Mota afirmou que o trabalho de restruturação da Santa Casa terá como uma das prioridades o pagamento dos salários atrasados dos funcionários. A antiga gestão municipal deixou os trabalhadores com três pagamentos atrasados, o que no ano passado gerou a realização de dois movimentos de greve. “É lamentável que a falta de gestão acabou prejudicando até mesmo os funcionários da saúde. Nossa equipe já esta trabalhando para encontrar maneiras para que os trabalhadores recebem o que é de seus direitos”, destacou. “Ainda não temos um prazo para isso, mas nos esforçaremos para que isso ocorra o mais rápido possível”.

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