Edson Mota anuncia secretariado com membros de governo que deixou Silveiras em destroços

Prefeito eleito em Cachoeira nomeou ainda irmã e sogro para primeiro escalão; situação de emergência domina início de mandato

O prefeito de Cachoeira Paulista, Edson Mota, que anunciou o secretariado na última  segunda-feira; a equipe conta com nomes criticados na gestão de Mota em Silveiras (Foto: Arquivo Atos)
O prefeito de Cachoeira Paulista, Edson Mota, que anunciou o secretariado na última segunda-feira; a equipe conta com nomes criticados na gestão de Mota em Silveiras (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista

O prefeito de Cachoeira Paulista, Edson Mota (PR), revelou na última segunda-feira os nomes que irão compor o seu secretariado. Além de sua irmã e do sogro, o chefe do Executivo nomeou outros dois secretários que trabalharam com ele na administração Silveiras, alvo de um rastro de críticas e irregularidades nas cidade do Vale Histórico.

Castigada por uma grave crise econômica, nos últimos anos Cachoeira tornou-se sinônimo de problemas e desestabilidade política. Com uma forte oposição dentro da Câmara, o governo do ex-prefeito João Luiz Ramos (PSB) foi duramente criticado pelos vereadores, sendo classificado como a administração mais desastrosa da história do munícipio.

Com a missão de contribuir no trabalho de reestruturação da cidade, foram reveladas na última segunda-feira as identidades dos 11 novos secretários.

O ex-presidente da Câmara, Guilherme Marcondes (PSD), será responsável pela pasta da Saúde, considerada a mais problemática. Ele chegou a ocupar o mesmo cargo na gestão do ex-prefeito Fabiano Vieira.

Além de Marcondes, outras três pastas serão comandas por secretários que atuaram na gestão de Vieira, exatamente nos mesmos cargos: José Marcos Pereira (Cultura), Renato Silva (Agricultura, Meio Ambiente e Obras) e Marcelo Pereira (Desenvolvimento Econômico e Turismo).

Outros quatro nomes que irão compor o secretariado de Mota foram secretários na última gestão municipal de Silveiras, comanda por Mota e por sua esposa Valdirene Quintanilha (PT). Além da irmã do novo prefeito, Luciana Mota (Finanças) e do seu sogro Genésio Quintanilha (Transportes e Infraestrutura), também foram contratados Emiliana Fernandes (Governo e Planejamento), que no ano passado era chefe de Gabinete de Silveiras, e Júlio César Medeiros (chefe de Gabinete), que desempenhava a função de secretário de Turismo e Cultura.

As outras pastas serão ocupadas por: Rubens Lopes (Educação) e Pedro Gonçalves (Esporte e Lazer).

Mais do Mesmo? – A contratação de quatro secretários que trabalharam com Mota e sua esposa na administração de Silveiras gerou polêmica pelas ruas de Cachoeira, já que a cidade vizinha também se encontra endividada e com diversos problemas estruturais.

Na primeira semana do ano, o Jornal Atos publicou uma entrevista com o novo prefeito de Silveiras, Guilherme Carvalho (PSDB), que fez uma série de críticas e denúncias à gestão do ‘casal Mota’.

O tucano relatou que além de uma dívida de R$ 3 milhões em precatórios, também recebeu o cofre municipal com apenas R$ 33.
Carvalho denunciou também contratações irregulares, sucateamento da frota municipal e atraso no pagamento dos salários dos servidores municipais.

O Jornal Atos também flagrou a queima de documento das Prefeitura em dois tambores, localizados atrás de um banheiro da Garagem Municipal.

Cortes – Eleito com 7.670 mil votos (41,85%), Mota decretou no último dia 2 situação de emergência econômico-financeira. Para superar o déficit herdado da antiga gestão municipal, o chefe do Executivo anunciou a implantação de uma politica de contenção e corte de despesas. O plano de medidas suspendeu o pagamento de horas extras aos servidores municipais e cobra a diminuição de despesas com manutenção da frota municipal, ligações telefônicas e investimento para a realização eventos culturais e esportivos. Também foram extintos os cargos de secretários adjuntos, o que de acordo com o chefe do Executivo representará uma economia mensal de aproximadamente R$ 300 mil aos cofres municipais.

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